quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Prof Hariovaldo, meu herói.

Mais uma fêmea insubmissa calunia os homens de bem

28/12/2011
By
Ministra
Sra. Ministra Calmon, que invés de ir cuidar dos netos fica perseguindo os homens de bem da justiça.
Fêmea insubmissa alçada erroneamente à corregedora de um conselho sem qualquer serventia, ousa afirmar que até 1,6% da classe de homens probos e justíssimos acima de qualquer suspeita, possa estar  comprometida com recebimentos indevidos e ainda se beneficiar de auxílios habitacionais.
Como se homens tão probos não precisassem de abrigo para si e suas famílias, com os reduzidos salários que recebem. Afinal quem ela pensa que é?
Nomeada por usurpadores Dillmolullistas para o cargo de Corregedora, a mulher linguaruda é hoje defendida por marxistas infiltrados na Gazeta Frias de SP e em outros sítios de homens bons, que as claras fazem o proselitismo político de esquerdistas jurássicos, cujo pequeno trecho transcrevo apenas para conhecimento dos confrades, a que ponto chegou a pregação contra os valores da civilização judaico-feudal-cristã:
“As entidades de classe da magistratura e o ministro Peluso não querem dar satisfações à opinião pública. Não enxergaram que o Brasil mudou. Não aceitam que a sociedade faça uma distinção entre o que é legal e o que é moralmente correto. Apelam ao formalismo jurídico, esquecendo-se de que o direito não é imutável. Por isso, não querem jogar luz sobre pagamentos milionários de auxílio-moradia dos anos 90. “
O restante do artigo cuja leitura não recomendo aos bons amigos udenistas menores de 90 anos, está no endereço: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/kennedyalencar/1025558-cnj-merece-estatua.shtml
E continua a fêmea intrometida a acusar:
“Eu só tenho a lamentar, pois isso é fruto de maledicência, da irresponsabilidade de entidades como AMB, Ajufe e Anamatra que, mentirosamente, desinformam a população”, declarou Eliana, para quem as associações agem de forma corporativista para desviar o foco dos desmandos praticados por setores da magistratura e “enfraquecer a autonomia” do CNJ. “Temos a prerrogativa de barrar qualquer iniciativa corrupta no Judiciário.”
Eliana dos dedões
Isso que dá ficar nomeando mulheres para os lugares dos homens de bem
Como se isso não bastasse essa senhora que tem mandato até 8 de setembro à frente do CNJ, disse que 45% dos magistrados do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) não haviam repassado as informações do imposto de renda, e acrescentou que o Ciafi detectou 150 transações atípicas naquela corte – a maior do país, com o maior registro de supostas irregularidades, embora a ministra considere o número baixo, proporcionalmente. “Por isso comecei por São Paulo.” Os dados em análise no CNJ são referentes a um universo de mais de 45 mil servidores e dois mil juízes.
Ora, não se pode tolerar tal conduta inadequada, ainda mais vindo de alguém que não passa de uma fêmea insubmissa, tal qual a búlgara-que-ainda-derrubaremos e aquele pelotão ministerial de saias por ela indevidamente nomeado.
Deve essa senhora ser transferida imediatamente ao interior de Roraima para catar coquinhos ou ainda melhor,  mandada sumariamente para casa esquentar o umbigo no fogão, cuidar dos meninos e fazer bolinhos, em vez de ficar se intrometendo na vida alheia, fazendo fofocas, falando abobrinhas apenas por terem homens probos justíssimos recebidos pequenos óbulos sociais pagos pela gentalha, para poderem fazer justiça, que como sabemos, a um custo baixíssimo, é rápida, cega e para todos na Terra de Vera Cruz, “duela  a quiem duela”, como dizia aquele nosso antigo bom presidente injustamente cassado pela petralhada e por elementos subversivos, ao revel do principal órgão de nossa imprensa global que o elegeu para tentar nos salvar do comunismo ateu.

Modéstia Gaúcha.

 
Subject: ENC: Modéstia Gaúcha - Missão a Marte



 É...
Os gaudérios daqui estão mais entonados que bagual reprodutor!

Marcopolo fabricará ônibus espacial

Gaúchos devem chegar em Marte nos próximos 5 anos.
Agora é oficial.
Já se sabia que a tecnologia espacial estava bem avançada na República Riograndense, mas agora o projeto vai deslanchar.
Segundo a Agência Espacial Gaúcha (AEG), a Marcopolo assinou um contrato com o Governo dos Pampas para construir a primeira nave gaúcha.
A espaçonave terá lugar para 10 viventes e contará com churrasqueira, fogão de campanha, despensa com 14 tulhas, bagageiro, quarto de banho, uma latrina de assento e duas de cagar acocado.
Já estão confirmados na viagem o gaiteiro T.N.O. e o tocador de bumbo-legueiro A.L.Q., que tem os nomes preservados por razões de segurança.
As tulhas de mantimentos estarão sortidas com de tudo um pouco: erva-mate, bergamota, rapadura, charque, linguiça, torresmo, arroz, feijão preto e de cor, bolacha e principalmente, canha.
Segundo o chefe da AEG e responsável pelos estudos, Ahphilóquio
Licurgo Fagundes, um dos guris de Uruguaiana, taura muito inteligente, "crânio" em matemática, física e exímio no jogo do osso, os americanos jogaram a toalha na corrida espacial porque não tinham a tecnologia para revestimento da nave, já que esta é uma patente gaúcha.
Trata-se de uma combinação de casca de cana, gordura de capivara, barro vermelho de Santo Ângelo e pedra moura moída (aquela lá das quebradas do Nhanduí) que, segundo os cientistas, gera um material resistente a altíssimas temperaturas, além de também servir para curar bicheira e sarar cobreiro.
A propulsão do foguete será à base de uma mistura de cachaça marisqueira de Osório com graspa de Ana Rech, que os pesquisadores gaúchos afirmam ser dezenas de vezes mais potente do que o combustível atualmente utilizado pela NASA.
Há décadas que esta tecnologia vem sendo desenvolvida - em segredo - na
Estância Porteira Fechada (perto da estação do Guaçú-boi, no Alegrete).
Dizem que o único momento tenso do projeto foi quando uma chinezada andou por lá para espionar, mas foram corridos no laço pelo capataz da estância e 4 cachorros ovelheiros.
Os americanos - que tentavam desenvolver um trabalho parecido na Área 51 - foram convidados a visitar o projeto.
Foram recebidos com um assado de costela no fogo de chão, tomaram uns mates e gostaram do que viram, mas saíram mais quietos que guri cagado
.
Em nota à imprensa os nossos cientistas disseram:
"Mostramos tudo a eles, mas desde o começo ficaram desacorçoados, de boca-aberta. Não entenderam bosta nenhuma. É uma tecnologia anos-luz na frente da deles."
Fagundes acrescentou:
"Estamos a passos largos para a conquista de Marte. Não vai 5 anos e teremos gente apeando por lá. Pelo menos uma prenda já vai junto, na missão, para organizar o primeiro CTG espacial.. Vamos em paz, mas pelo sim, pelo não, levamos na mala de garupa uma
carneadeira coqueiro deitado, um trançado de 8 e uma garrucha de cano duplo. Vai que lá também tem algun marciano castelhano..."
Massss crééééédo....!!!!

Amigos Gaudérios:Tchê! Nunca te esqueça!Somos tão modestos porque: 
Deus
é gaúcho;
São Pedro
é o capataz;

O
Sol é um fogo de chão que se alastrou;

O
Atlântico é salgado porque a indiada daqui batia os espetos perto dos rios;

O
Saara é um deserto porque foi das árvores de lá que vieram os espetos e o carvão;

A maior
churrascada que se fez, resultou na extinção dos dinossauros;

A
2ª Guerra se deu por causa que o Turco Salim de Bagé queria tomar conta dos bolichos em Uruguaiana;

O
Rio Grande amado é o único Estado que faz divisa com 3 países: Uruguai, Argentina e Brasil;

Esses terremotos, que andam ocorrendo por aí, são decorrência de uns concursos de Chula na fronteira...

E por aí se vai essa porção de terras ao redor do Rio Grande, chamada MUNDO!

Ser gaúcho
- é saber que nossa característica é a bravura e não o jeitinho;
- é ser franco e direto, nem que isso cause inimizades;
- é ser humilde em ambições, mas exagerado em ideais e paixões!
Por isso eu tenho orgulho de ser chamado de "GAÚCHO"!
Pra dizer que não estou mentindo,vai uma foto da churrascada, no 20 de setembro em Alegrete, pena que ia vim pouca gente, tempo pra chuva, sabe como é ...



Salgando a costela[1].JPGSalgando a costela[1].JPG
107K   Visualizar   Compartilhar   Baixar  





Ditadura nunca mais.


Argentina: movimento obtém prova sobre roubo de bebês

Por wilson yoshio.blogspot
Do Sul 21
EUA liberam importante prova sobre roubo de bebês na Argentina
Abuelas de Plaza de Mayo esperam que documento sinalize abertura de todas as informações que os EUA possuem sobre ditadura argentina | Foto: Paula/Flickr
Da Redação
A Embaixada dos Estados Unidos na Argentina entregou às Abuelas de Plaza de Mayo um documento que é importante prova de que o roubo de filhos de militantes contrários à ditadura argentina foi uma política de Estado. O conteúdo do documento é uma comunicação entre o embaixador argentino nos EUA à época, Lucio Alberto García de Solar, e Elliott Abrams, funcionário da Secretaria de Estado desse país, realizada em 1982, em Washington, na qual o primeiro informa que os desaparecidos estão mortos, mas que seus filhos foram entregues a outras famílias para serem criados e que a decisão do então presidente de fato Reynaldo Bignone era não revisar o tema nem devolver as crianças.
p>O material havia sido parcialmente aberto em 2002 e agora será conhecido o teor de três parágrafos que estavam inacessíveis até o momento. O documento havia sido requerido como prova para o processo relativo ao “Plano Sistemático de apropriação de Crianças” pela ditadura. O conteúdo é fundamental para provar a existência de una política definida e organizada desde os altos comandos das forças armadas para a apropriação de bebês de detidos desaparecidos. Em maio de 2011, a Câmara de Deputados dos Estados Unidos rejeitou o pedido das avós para a abertura dos arquivos deste país sobre a última ditadura na Argentina. O presidente da Comissão de Inteligência da Câmara estadunidense, o democrata Maurice Hinchey chegou a tripudiar do pedido, argumentando que “seria uma perda de tempo e de recursos para os organismos estadunidenses de espionagem, que necessitam concentrar esforços para desmantelar organizações como Al Qaeda”
Até hoje, a organização formada para identificar o paradeiro das crianças – hoje já adultos – que nem sequer conhecem sua própria origem e identidade já encontrou 103 filhos de desaparecidos políticos. Estima-se que ao todo 500 crianças foram tiradas de sua família e registradas como filhas de integrantes da repressão, ou abandonadas em instituições sem identificação.
As Abuelas celebraram a disposição da Embaixada norte-americana na Argentina. A liberação do documento deixa a associação otimista. Em comunicado, elas afirmam esperar que seja o início da liberação de todos os documentos sobre a ditadura argentina de posse dos EUA.
Com informações da Carta Maior

charges

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Da série: O que a mídia esconde.

Começa o plano Dilma:"Programa Ciências sem Fronteiras"

Welcome, brazilian students

Embaixada e consulados dos Estados Unidos fazem um mutirão de vistos de universitários brasileiros que vão embarcar para cursar uma graduação naquele país. Recepção teve direito a hambúrguer, refrigerante e batatas fritas

Tamanho da Fonte     TATIANE ALVES
tsantana@jornaldacomunidade.com.br
 Redação Jornal da Comunidade
O embaixador dos Estados Unidos, Thomas Shannon, e o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, falaram  da importância do programa Ciências sem FronteirasO embaixador dos Estados Unidos, Thomas Shannon, e o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, falaram da importância do programa Ciências sem Fronteiras
Cerca de 630 estudantes brasileiros selecionados no Programa Ciências sem Fronteiras, do governo federal, tiveram os passaportes carimbados para estudar em universidades norte-americanas. Entre os dias 19 e 23 de dezembro, a Embaixada e o Consulado dos Estados Unidos fizeram um mutirão de entrevistas de vistos em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Recife para atender a demanda.

Em Brasília, 79 universitários receberam boas-vindas do embaixador dos Estados Unidos, Thomas Shannon, em uma recepção típica daquele país, com direito a hambúrguer, refrigerante e batatas fritas. No Rio de Janeiro, 126 universitários foram recebidos pelo cônsul-geral dos EUA, Dennis Hearne; em São Paulo, o cônsul-geral William W. Popp recepcionou 304 estudantes e no Recife coube ao cônsul Usha Pitts receber 118 universitários.

Será uma temporada de um ano para cursar uma graduação no exterior. O Programa Ciências sem Fronteiras foi criado em julho com a finalidade de conceder 100 mil bolsas de estudos até 2014. “Estamos mandando jovens brasileiros, selecionados por mérito, para as melhores universidades do mundo. A iniciativa partiu da presidente Dilma Rousseff, que percebeu em boa hora a necessidade de aumentar o número de jovens brasileiros estudando no exterior.

“A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) faz isso há 80 anos e nos últimos seis anos financiamos 25 mil bolsas no exterior, não apenas nos EUA. Agora é um passo muito maior, porque vamos passar dessas 25 mil para 100 mil bolsas de estudos, incluindo as 25 mil que vêm do setor industrial (privado e público)”, comenta Jorge Almeida Guimarães, presidente da Capes.

O primeiro edital do Programa Ciência sem Fronteiras teve 1.500 selecionados. O anúncio foi feito pela presidente Dilma Rousseff. A Capes coordenou a chamada pública, que teve cerca de sete mil inscrições. Dos selecionados, 841 embarcam em janeiro de 2012 e o restante em julho de 2012.
O projeto envolve estudantes das áreas de engenharia, física, química, biotecnologia, energias renováveis, computação e setores que demandam mão de obra qualificada. A finalidade é qualificar esses estudantes brasileiros e atrair especialistas estrangeiros para o Brasil.

“O programa é uma oportunidade para jovens que talvez nunca teriam ou tiveram essa chance de passar uma temporada, conviver com instituições, com um tipo de ensino muito diferente do nosso, muito mais focada na formação do que na informação. Quando voltarem, eles serão os primeiros a nos ajudar a fazer mudanças no ensino do Brasil”, explica Jorge Almeida.

Meta do programa é atingir 100 mil bolsas

O objetivo do programa é conquistar 100 mil bolsas nos próximos três anos. Alcançada esta meta, o governo financiará 75 mil e o restante deverá ficar por conta da iniciativa privada. O governo investirá R$ 3,1 bilhões. Os beneficiados terão direito a passagens aéreas, bolsa mensal, seguro-saúde, auxílio-moradia e mensalidades escolares.

As 75 mil bolsas serão divididas da seguinte forma: 24.600 para doutorado; 9.790 para doutorado integral; 8.900 para pós-doutorado, 2.660 para pesquisas; 700 para treinamento de especialistas já empregados; 860 para jovens cientistas e 390 para pesquisadores de fora virem ao Brasil. Foram escolhidas as 50 melhores universidades nas áreas de ciências da saúde, engenharia e tecnologia. Entre elas estão Harvard, Stanford, Columbia, nos Estados Unidos. No Reino Unido, a Oxford e o Imperial College, entre outras instituições. “Estamos construindo pontes entre o Brasil e os EUA. Ganham igual os dois países. Os dois lados estão aprendendo, é uma troca recíproca. É importante para nós e fantástico para o Brasil”, ressalta o embaixador americano, Thomas Shannon.
Naira Malaquias, estudante de engenharia civil, acha que, além do conhecimento acadêmico, trará uma bagagem culturalNaira Malaquias, estudante de engenharia civil, acha que, além do conhecimento acadêmico, trará uma bagagem cultural

Além de abrir um canal de comunicação entre Brasil e EUA, a permanência de jovens brasileiros nos EUA é importante para a abertura de mais universidades.  “Ter uma parceria com o Brasil nessa parte de ciência e tecnologia é fundamental para a economia do Brasil e a dos Estados Unidos”, argumenta Thomas.

Até 2014 estima-se que os EUA ofereçam 18 mil bolsas de graduação e os demais países, 10 mil. As inscrições estão abertas até o dia 15 de janeiro de 2012.

Expectativas
Os estudantes não veem a hora de viajar. Eles vieram dos quatro cantos do Brasil e passaram por uma seleção concorrida. “Foi estressante, passamos por provas, corremos atrás de várias documentações. Espero adquirir técnicas para o desenvolvimento da tecnologia do país”, diz Fabricio Rodrigues, 24 anos, estudante de engenharia elétrica.

Naira Malaquias, 21 anos, estudante de engenharia civil, menciona que, além de bagagem acadêmica, espera trazer uma bagagem cultural. “Não vamos estar convivendo só com pessoas dos EUA, vamos estar convivendo com pessoas do mundo todo. É uma outra língua, uma outra cultura. Então, espero trazer muita bagagem dentro da minha mala”, disse a estudante.

Da série: O que a mídia esconde.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Da Série: Privataria Tucana, o maior roubo da história brasileira.

16/12/11

Por que Estado, Folha e Globo gostam das privatizações

Veja a seguir, leitor, cada negócio que esses barões da mídia tão zelosos com o dinheiro público fizeram na época da Privataria Tucana enquanto a defendiam sem informar aos seus leitores que tinham interesse direto no que estava sendo doado pelo governo ao setor privado.
A família Mesquita, do Estadão, saiu do processo de privatização como sócia da empresa de telefonia celular BCP (atualmente, Claro) na região Metropolina de São Paulo. O Grupo OESP (Estadão) ficou com 6% do consórcio, o Banco Safra com 44%,  a Bell South (EUA) com 44% e o grupo Splice com 6%.
Já a família Frias, dona da Folha de São Paulo, aproveitou a liquidação da privataria para adquirir opção de compra de 5% do consórcio Avantel Comunicações – Air Touch (EUA) 25% e grupo Stelar mais 25% -, que ficou com 50% da telefonia paulistana, tendo a construtora Camargo Correa comprado mais 25% e o Unibanco os 25% restantes.
Finalmente, a família Marinho. Mergulhou fundo na Globopar, empresa de participações formada para adquirir parte da privataria, tendo comprado 40% do consórcio TT2, que disputava a telefonia celular nas áreas dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, ficando o resto com a americana ATT, que comprou 37%, com o Bradesco, que comprou 20%, e com a italiana Stet, que se contentou com 3%.
Os Marinho também abocanharam o consórcio Vicunha Telecomunicações, que envolvia telefonia celular na Bahia e em Sergipe. A Stet (Itália) ficou com 44%, o Grupo Vicunha com37% e a Globopar e o Bradesco com 20%.
Abaixo, a tabela de participação de cada empresa no processo de privataria da telefonia, o apetitoso Sistema Telebrás, que os barões da mídia defenderam no Estadão, no Globo e na Folha sem informarem aos seus leitores que estavam envolvidos nos negócios que adviriam da venda de patrimônio público.
Quem quiser conferir melhor essa divisão do saque ao patrimônio público que o livro A Privataria Tucana denuncia, pode acessar o estudo “INVESTIMENTO E PRIVATIZAÇÃO DAS TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL: DOIS VETORES DA MESMA ESTRATÉGIA”. Não contém opiniões, contém fatos – quem comprou o quê durante o processo de privatização do governo FHC.
Como se vê, a mídia tem todas as razões do mundo para temer uma investigação que, para ser totalmente franco, deveria ter sido aberta pelo governo Lula no primeiro dia de 2003, tão logo o poder finalmente mudou de mãos no Brasil. Mas a grande maioria do governo do PT achou que evitaria uma guerra com a mídia e a oposição se prevaricasse e não investigasse nada.
Deu no que deu.

Se os tubarões fossem homens. Bertolt Brecht.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Obrigado, Prof. Hariovaldo pelo belo texto. Viva os homens de bem, digo de bens.

Supremo Tribunal dos Justos livra bom homem da perseguição

21/12/2011
By
Jader
Bom Barbalho, homem áfago, gentil e íntegro, incapaz de violências ou de atos aéticos, enfim reabilitado
Homens de bens e benz da pátria,
Podemos ficar tranquilos, afinal  a justiça existe nesse país.
Nesse glorioso dezembro, finalmente um tribunal supremo dos homens bons e justos promoveu a justiça, reabilitando o bom homem Jáder Barbalho,  garantindo sua posse no senado da república.
Jáder Barbalho, político conhecido nacional e internacionalmente por sua honestidade e integridade impoluta, das quais jamais abriu  mão,  empresário das comunicações,  é proprietário do Grupo RBA de Comunicação e do jornal Diário do Pará, e um dos acionistas da TV Tapajós, afiliada à Rede Globo.
Perseguido pela Stasi Lullodillmista
Com início humilde em Belém, Jader tornou-se um milionário somente após várias décadas na política, porém graças a sua enorme competência e  trabalho árduo de sol a sol, sem descanso, na vida privada, inclusive no ranário de sua (ex?) mulher, onde alimentava as pobrezinhas na engorda.
Na vida pública pontuou de forma permanente pela defesa intransigente da coisa pública, mesmo quando podia estar ganhando muito mais na privada.
Ator de sucesso internacional, Jáder Barbalho integrou o elenco do filme  Send a Bullet, clássico do far-west norte-americano, o que despertou inveja nos estatistas totalitários, que não admitem o sucesso na livríssima iniciativa.
Perseguido por marxistas, lullo-búlgaros e outros anarco-subversivos, que instituiram a chamada Lei da Ficha Limpa, de clara inspiração evo-chavista,  impediram a posse de vários homens ilustres, alguns já reabilitados pelo mesmo egrégio tribunal como o, desculpem o pleonasmo, bom tucano,   senadô Cássio Cunha Lima.
Mas o tribunal supremo deu uma tacada também suprema e, como dizem, matou dois coelhos vermelhos com uma só cajadada.   Reabilitou o bom senador Barbalho e ainda com sua futura posse, perde a cadeira que vinha ocupando a atual senadora Marinor Brito do PSOL,  subversiva clandestina e agente comunista a soldo da Coréia do Norte.
Feliz Barbalho
E carece totalmente de fundamento a barriga, notícia falsa e sem fundamento, que um jornal de família do bem e de muitos bens teria dado quanto a orientação recebida por amigos do senador dada pelo juiz peludo, coisas tão infames que não recomendo a leitura.

Podemos respirar aliviados, viva a justiça da Terra de Vera Cruz, Feliz Natal aos homens brancos de boa vontade, nos deseja o bom homem!

Obras do PAC em Curitiba.

Sex, 16 de Dezembro de 2011 16:13

Obras do PAC para Copa em Curitiba são autorizadas

O esquecido terminal Santa Cândida entra na preferência... O esquecido terminal Santa Cândida entra na preferência...

A licitação de quatro das oito grandes obras que serão realizadas em Curitiba com auxílio do PAC da Copa será autorizada neste sábado (17). As obras a serem licitadas são a construção do viaduto estaiado na Avenida Comendador Franco (Avenida das Torres), a trincheira da Rua Guabirotuba, a reconstrução e ampliação do Terminal Santa Cândida e a implantação do Sistema Integrado de Mobilidade (SIM). Uma cerimônia, no Salão Brasil da prefeitura, marcará a autorização da licitação. A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), estará presente no evento.
Com mais estas obras, a prefeitura de Curitiba terá investido 65% do total previsto de R$ 277 milhões do PAC da Copa. Duas obras já foram licitadas: a extensão da Linha Verde Sul, no valor de R$ 15,5 milhões, e a requalificação do corredor da Avenida Marechal Floriano,de R$ 34,4 milhões. No próximo ano, serão licitadas as obras do Corredor Avenida Cândido de Abreu, orçada em R$ 12,1 milhões, e a requalificação da Rodoferroviária e seus acessos, que deve custar R$ 36,8 milhões.

As obras
O viaduto estaiado, que integra o pacote de obras do corredor Aeroporto-Rodoferroviária, será construído na confluência das avenidas Comendador Franco e Coronel Francisco H. dos Santos. Para a construção, serão investidos R$ 95,8 milhões. A obra deve melhorar a ligação viária entre os bairros Boqueirão, Hauer, Xaxim, Uberaba, Jardim das Américas, Cajuru e BR-277.
A melhoria na mobilidade também é o objetivo da trincheira da Rua Guabirotuba, sob a Avenida das Torres. A obra, que tem investimento de R$ 13,7 milhões, vai formar o binário Chile e Guabirotuba. O sistema vai melhorar a ligação entre os bairros Jardim Botânico, Prado Velho e Rebouças.
No Terminal Santa Cândida, serão investidos R$ 12 milhões na reconstrução e ampliação da estrutura. Em 2012, o terminal receberá uma plataforma do ônibus ligeirão, que fará o trajeto Santa Cândida/Praça do Japão. O novo espaço terá galeria subterrânea e haverá adaptações nos pontos de comércio, sanitários, calçadas e iluminação. O Armazém da Família, que funciona dentro do terminal, também será reformado.
Já o Sistema Integrado de Mobilidade (SIM), que contempla obras e equipamentos para melhorar a mobilidade no trânsito da capital, receberá R$ 60 milhões em investimentos. Um centro operacional será implantado para monitorar o movimento nas ruas da cidade que fazem parte do Anel Viário.

sábado, 24 de dezembro de 2011

El Che vive.

Mensagem de Natal.

Sobretudo sejam sempre capazes de sentir no mais profundo de si mesmos qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo. E' a mais linda qualidade de um revolucionário. (Che)

Natal, um bom dia prá reflexão.

A VOLTA DE JESUS

Frei Betto

Sem chamar a atenção, Jesus voltou à Terra em dezembro de 2011. Veio na pessoa de um catador de material reciclável, morador de rua. Comia prato feito preparado por vendedores ambulantes ou sobras que, pelas portas do fundo, os restaurantes lhe ofereciam.

Andava sempre com uma pomba pousada no ombro direito. Estranhou o modo como as pessoas bem vestidas o encaravam. Lembrou que, na Palestina do século 1, sua presença suscitava curiosidade em alguns e aversão em outros, como fariseus e saduceus.

Agora predominava a indiferença. Sentia-se, na cidade grande, um Ninguém. Um ser invisível.

Ao revirar latas de lixo à porta de uma faculdade, nenhum estudante ou professor o fitou. “Fosse eu um rato a remexer no lixo, as pessoas demonstrariam asco,” pensou. Agora, nada. Nem o percebiam. Ou consideravam absolutamente normal um homem andrajoso remexer o lixo.

Graças a seu olhar sobrenatural, capaz de apreender alma e mente das pessoas, Jesus sabia que eram, quase todas, cristãs...

Roubaram um carro defronte a faculdade. A vítima, uma estudante cirurgicamente embelezada, apontou-o como suspeito de cúmplice dos ladrões. A polícia, sem pistas dos criminosos, decidiu prendê-lo para aplacar a ira da moça, filha de um empresário.

O delegado inquiriu-o:
— Nome?

— Jesus.

— Jesus de quê?

— Do Pai e do Espírito Santo.

O delegado ditou ao escrivão:

— Jesus da Paz, natural do Espírito Santo.

A polícia conhece a diferença entre bandidos e moradores de rua. Tão logo a moça e seus pais deixaram a delegacia, Jesus foi liberado.

Saiu pela avenida, de olho nas vitrines das lojas. Todas repletas de enfeites de Natal. Tentou avistar um presépio, os reis magos, uma imagem do Menino Jesus... Viu apenas um velho de barba branca, gordo, com a cabeça coberta por um gorro tão vermelho quanto a roupa que vestia. O menino nascido em Belém havia sido substituído por Papai Noel. A festa religiosa cedera lugar ao consumismo compulsivo e à entrega compulsória de presentes.

Impressionou-se com os rápidos flashes coloridos dos televisores expostos nas lojas. A profusão de anúncios. Comentou com o Espírito Santo:

— Houvesse TV naquela época, teriam transmitido o Sermão da Montanha como um discurso subversivo e exibido no Fantástico a multiplicação dos pães. Se eu facilitasse, uma marca qualquer de cerveja iria querer me patrocinar...

Em busca de material reciclável, Jesus se surpreendeu com a quantidade e a variedade de lixo. Quanta coisa ele não conhecia! Como as pessoas consomem supérfluos! Quanta devastação da natureza!

Dormiu num banco de praça. Ao acordar, deu-se conta de que desaparecera seu saco repleto de latinhas e papéis. Possivelmente outro catador o levara. Pobre roubando pobre. Resignado, passou o dia revirando lixo para ganhar uns trocados e poder garantir a janta.

Tarde da noite, viu uma igreja aberta. Decidiu entrar. Os fiéis, ao vê-lo tão maltrapilho, torceram o nariz. Jesus preferiu ficar de pé no fundo do templo. A Missa do Galo se iniciava. Achou o padre com cara triste, como se celebrasse um ritual mecânico. O sermão soou-lhe moralista. Não sentiu que houvesse, ali, a alegria da comemoração do nascimento de Deus feito homem. Os fiéis se mostravam apressados, ansiosos por retornarem às suas casas e se fartarem com a ceia natalina.

Terminada a missa, Jesus perambulou pela cidade. Pelas calçadas, sacos de lixo estufados de embalagens para presentes, caixas de papelão, ossos de frango e peru, cascas de ovos... Observou os moradores de um prédio reunidos no salão do andar térreo. Comiam vorazmente, estouravam garrafas de espumantes, trocavam presentes, abraços e beijos. Nada ali, nenhum símbolo, que lembrasse o significado originário daquela festa.

Passou diante de uma padaria que fechava as portas. O padeiro, ao ver o catador, pediu que esperasse. Retornou lá de dentro com uma sacola de pães, fatias da salame e um refrigerante.

— É pra você comemorar o Natal – disse o homem.

Jesus chegou a uma praça semiescura. Havia ali uma mulher excessivamente maquiada. Buscou um banco e ali se instalou para poder comer. A mulher se aproximou:

— Ei, cara, tem o que aí?

— Pão, salame e refrigerante.

— Não comi nada hoje. E a noite tá fraca. Faz duas horas que estou aqui e nada de freguês. Acho que em noite de Natal os caras ficam com culpa de pegar mulher na rua.

Jesus preparou o sanduíche e estendeu-o à mulher.

— Se não importa de beber no mesmo gargalo...

— Tenho lá nojo de alguma coisa? – murmurou a mulher. ¾ Se tivesse, não estaria rodando a bolsinha na rua.

— Você não tem família?

— Tenho, lá na roça. Larguei aquela miséria pra tentar uma vida melhor aqui na cidade. Como não fui pra escola, o jeito é alugar meu corpo.

— Esta noite de Natal não significa nada pra você?

— Cara, você não imagina o que já chorei hoje lá na pensão. A gente era pobre, mas toda noite de Natal minha mãe matava um frango e, antes de comer, a família rezava um terço e cantava Noite feliz. Aquilo me deixava muito feliz. Não posso relembrar que as lágrimas logo inundam os olhos – disse ela puxando o lenço de dentro da bolsa.

A mulher fez uma pausa para enxugar as lágrimas e indagou:

— Acha que, se Jesus voltasse hoje, esse mundo iria melhorar?

— Não sei... O que você acha?

— Acho que ninguém ia dar importância a ele. Essa gente só quer saber de festa, e não de fé. Mas bem que ele podia voltar. Quem sabe esse mundo arrevesado tomava jeito.

— Eu não gostaria que ele voltasse. Não adiantaria nada. Há dois mil anos ele veio e deixou seus ensinamentos. Uns seguem, outros não. Se o mundo está desse jeito, a ponto de eu ter que catar lixo e você alugar o corpo, a culpa é nossa, que não damos importância ao que ele ensinou. Veja, hoje é noite de Natal. Jesus renasce para quem?

— No meu coração ele renasce todos os dias. Gosto muito de orar, não faço mal a ninguém, ajudo a quem posso. Mas, sabe de uma coisa? Eu gostaria de poder falar com Jesus, assim como nós dois estamos conversando aqui.

— E o que diria a ele?

— Bem, eu perguntaria se ser prostituta é pecado. Já vi um padre dizer que sim, e ouvi outro falar que não. O que você acha?

— Acho que Deus é mais mãe do que pai. E lembro que Jesus disse um dia aos fariseus que as prostitutas iriam entrar no céu primeiro que eles.



Frei Betto é escritor, autor do romance “Um homem chamado Jesus” (Rocco), entre outros livros.

Imagine. John Lennon

IMAGINE

Imagine que não existe paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum Inferno abaixo de nós
Acima de nós, apenas o céu

Imagine todas as pessoas
Vivendo para o presente

Imagine se não houvesse nenhum país
Não é difícil imaginar
Nenhum motivo para matar ou morrer
E nem religião também

Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz


Você pode dizer que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Espero que um dia você se junte nós
E o mundo será como um só

Imagine que não ha posses
Eu me pergunto se você pode
Sem ganância ou fome
Uma irmandade dos homens

Imagine todas as pessoas
Partilhando o mundo

Você pode dizer que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Espero que um dia você junte-se a nós
E o mundo viverá como um só
Poderá também gostar de:

Noite Feliz

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Michael Jackson

Janet Jackson , Michael Jackson e Jackson Five.

A grande mídia brasileira esconde os malfeitos tucanos, porque?

PRIVATARIA TUCANA - Seleção de denúncias não publicáveis.

Por Valéria Said Tótaro.

A editora que lançou Privataria Tucana – cuja obra denuncia a pirataria praticada com o dinheiro público em benefício de fortunas privadas, tendo o ex-governador José Serra e o ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil e ex-tesoureiro das campanhas eleitorais de Serra e de FHC, Ricardo Sérgio de Oliveira, como personagens principais – acertou na mosca ao trocar noite de autógrafos por um Twitcam com o autor do livro, o jornalista Amaury Ribeiro Jr., em São Paulo, 9 de dezembro: o vídeo transformou-se em comunicação viral.

São mais de 140 minutos de entrevista a um seleto grupo de blogueiros e jornalistas. E, logo no início do vídeo, a primeira resposta dada aos entrevistadores pelo mais que serendipitoso jornalista autor das denúncias revela que não é somente a fina flor de políticos piratas que terá de se haver com a opinião pública. Nossa imprensa está devendo muitas explicações aos cidadãos brasileiros, como aponta o diálogo abaixo:

“Amaury, quem é mais importante para entender essa história: Ricardo Sérgio ou Serra”?

“A imprensa.”

“Como? Por que a imprensa?”

“A imprensa é mais importante porque estou tentando publicar essas denúncias há mais de 20 anos...”

Silêncioensurdecedor

As cáusticas declarações dadas pelo ganhador de vários prêmios Esso já preencheriam os critérios de noticiabilidade para ocupar as editorias políticas da imprensa nacional. Inclusive, do “grande jornal dos mineiros”, onde Amaury fez uma reportagem investigativa, encomendada pelo Estado de Minas, sobre uma rede de espionagem estimulada pelo ex-governador paulista José Serra para levantar um dossiê contra o ex-governador mineiro Aécio Neves. A matéria foi a “bala na agulha” que disparou outras investigações mais amplas, culminando em Privataria Tucana, obraque demandou 12 anos de pesquisas, sendo que um terço das 334 páginas é dedicado a fartos documentos, com riqueza de detalhes, sobre negociatas na venda de empresas estatais entre 1995 e 2002.

Aliás, a forma como o autor obteve grande parte dos documentos que embasaram o livro não deixa de ser um critério jornalístico relevante: Amaury recorreu a um procedimento do direito penal chamado exceção da verdade, isto é, quando alguém é processado por calúnia, tem o direito de provar que o que está dizendo é verdadeiro. Por isso, quando o jornalista foi processado por Ricardo Sérgio por danos morais, ele teve acesso a todos os documentos da CPI do Banestado que envolviam o ex-tesoureiro de Serra. Junte-se a isso o fenômeno editorial de Privataria que vendeu, em menos de 24 horas, os primeiros 15 mil exemplares e mal teve tempo de chegar às livrarias do Brasil, pois, graças à blogosfera, o livro está sendo disputado a preço de capa, literalmente. Há filas de espera para as 80 mil novas cópias da 2ª edição, mesmo com o polêmico vazamento da obra em .PDF nas redes sociais.

Então, como calar-se diante desse silêncio ensurdecedor da mídia tradicional, que tem ignorado solenemente (exceção de CartaCapital, Record News e TV Record) essa notícia de interesse público? Como sair em defesa da liberdade de imprensa, se essa liberdade é levianamente tratada segundo critérios de conivência partidária de empresas jornalísticas? O mesmo tom de indignação é compartilhado por Ricardo Kotscho que, em seu blog, dispara: “Para quê e para quem, afinal, serve esta liberdade de imprensa pela qual todos nós lutamos durante os tempos da ditadura, que eles apoiaram, e hoje é propriedade privada de meia dúzia de barões da mídia que decidem o que devemos ou não saber?”

Condenado à inexistência

Teoricamente, essa prática infame da mídia tradicional pode ser explicada pela Hipótese da Espiral do Silêncio, uma das correntes das teorias da Comunicação, formulada pela alemã Elisabeth Noelle-Neumann (1984), segundo a qual o ponto de vista mais visível e explícito acaba por dominar a cena pública e o outro desaparece da consciência do público, devido ao fato dos seus apoiantes ficarem silenciosos, por terem medo de contrariar o status quo. Contextualizando: como tudo indica que o ponto de vista da grande mídia está atrelado ao establishment partidário do ex-governador paulista, notícias sobre as denúncias de Privataria Tucana estão sendo sumariamente eliminadas das pautas jornalísticas para não contrariar os interesses nada ocultos do tucano-mor. Em outro dizer, os tais meia dúzia de barões da mídia estão definindo os assuntos, ou melhor, as denúncias sobre as quais cada cidadão se preocupará e discutirá.

Exemplo explícito? Há uma semana, quando o livro foi lançado, a mídia tradicional dava (e continua dando) repercussão a todo tipo de denúncia, como as que envolvem o ministro Fernando Pimentel, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e o publicitário Marcos Valério, mas não repercute as de lavagem de dinheiro público escancaradas na obra de Amaury. Com efeito, podemos inferir que o objetivo desse silêncio midiático é “alienar” os cidadãos das denúncias bem documentadas pelo jornalista, de modo que Privataria Tucana seja condenado à inexistência social, reforçando a máxima de que só se torna notícia, de fato, aquilo que se que lê e se vê na grande mídia. E o que é pior: não há mais dúvida nenhuma de que denúncias são publicadas de maneira imoral e indefensavelmente seletiva pela imprensa do “mundo real”.

***

[Valéria Said Tótaro é jornalista, articulista e professora de Ética e Deontologia do Jornalismo]
Fonte: Observatório da Imprensa.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Música de Natal de 1934. Cantora Aurora Miranda.

Os animais.


VIVA A PRESIDENTA..............DA ARGENTINA.

Cristina enfrenta a mídia. Dilma, não!

Por Altamiro Borges

Os barões da mídia estão enfurecidos com as ações do governo para garantir a autêntica liberdade de expressão. Mas não contra a presidenta Dilma, mas sim contra a presidenta Cristina Kirchner. Até a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) divulgou uma nota para condenar as medidas democratizantes do governo da Argentina. A “oposicionista” Judith Brito também milita no país vizinho?

O alvo da gritaria agora é o projeto que põe fim ao monopólio do papel-jornal. Ele já foi aprovado na Câmara dos Deputados e já seguiu para votação no Senado. Em editoriais e várias “reporcagens”, principalmente do jornalista Ariel Palácios, do Estadão e da TV Globo, o fim deste antigo monopólio representa mais uma investida de Cristina Kirchner contra a imprensa. Dá para entender?

Bem de “interesse público”

Pelo projeto, o papel-jornal é declarado bem de “interesse público”, devendo ser incentivada a sua “produção e comercialização”. Desta forma, essa matéria prima deixa de ser monopólio dos grupos Clarín e Nación, que detinham a única fábrica deste papel na Argentina. Esse privilégio foi adquirido durante a ditadura militar, numa troca de favores entre os generais carrascos e a mídia servil.

Como reconhece o próprio Ariel Palácios, “o projeto é um golpe direto aos dois maiores jornais do país, o Clarín e o La Nación, ambos de posições críticas em relação ao governo. Alguns setores da oposição – principalmente os partidos de centro e centro-direita – afirmam que o projeto de Cristina não passa de uma ‘estatização disfarçada’ da única fábrica de papel-jornal do país”.

O fim do monopólio no papel-jornal

A fábrica Papel Prensa é controlada pelo Grupo Clarín (49% das ações). La Nación (com 22% das ações) e o Estado argentino (com 27,5%) são seus sócios minoritários. Caso o projeto seja confirmado no Senado, Clarín e La Nación serão obrigados a vender as suas ações, já que as novas regras proíbem que os jornalões privados tenham participação na Papel Prensa.

O projeto ainda acaba com os subsídios ao papel-jornal (que também existem no Brasil) e fixa a cobrança de impostos. Daí toda a gritaria da mídia golpista da Argentina e dos seus comparsas no Brasil. A sorte dos barões nativos (Comentário GL: e azar do povo, que como sempre: se lasque!) é que a presidenta Dilma ainda insiste no “namorico” com a mídia e arquivou o projeto de novo marco regulatório no setor.

*****

Futebol para todos

Em tempo: Logo após a sua folgada reeleição, a presidenta Cristina Kirchner também anunciou a ampliação dos investimentos no programa “Futebol para todos”. Fruto de um acordo firmado há dois anos com a Associação de Futebol da Argentina (AFA), ele garante financeiramente a transmissão de todos os jogos do campeonato local na televisão aberta.

Antes, o grupo Clarín detinha a exclusividade das transmissões (a exemplo da TV Globo no Brasil) e só exibia as partidas na TV por assinatura. Além de gastar fortunas para assistir ao seu time, o torcedor argentino, tão apaixonado como o brasileiro pelo futebol, ainda ficava ao sabor da programação e dos horários do grupo Clarín (como no Brasil).

Essa mamata acabou, para desespero dos barões da mídia! Que inveja da Argentina, do Messi e da Cristina Kirchner.

http://altamiroborges.blogspot.com/2011/12/cristina-enfrenta-midia-dilma-nao.html?spref=t

Filme Privataria Tucana

Humor negro.

quinta-feira, 18 de março de 2010

ANTOLOGIA ANEDÓTICA - REVISÃO CRÍTICA, VOLUME I

É estranho pensar que a maior contribuição dos pilotos brasileiro ao País acabou sendo para a evolução do senso humor da população. Sim, fizemos muitas coisas importantes nas pistas, conquistamos centenas de provas e inúmeros campeonatos. Mas nada se compara ao número de anedotas que Rubinho e eu inspiramos. Aliás, quero deixar claro que não gosto de piadas de Rubinho. Não se trata de espírito corporativo. Simplesmente as acho de segunda. É bem verdade que também fiz os brasileiros chorarem como nunca. Depois daquela curva infeliz,o Brasil enlutou e verteu um mês de lágrimas. Fosse hoje, teria provocado grandes alagamentos.
Passado o momento de dor, todos tinham um chiste de Ayrton Senna para contar. Em pouco tempo, virei uma categoria de piada. Algumas delas se converteram em verdadeiros clássicos do anedotário nacional. Ao contrário do que muita gente imagina, isso me enche de orgulho.
A ponto de querer relacionar e comentar aqui as minhas favoritas. Tenho predileção pelas que usam a estrutura pergunta e resposta.

Reconheço que esse conjunto de anedotas gera certa polêmica e reações paradoxais.
Os que insistem em me ver como santo não gostam. E os que gostam têm a graça alcançada.

O que o Senna estaria fazendo se estivesse vivo neste momento?
R:
Arranhando a tampa do caixão.

Muito interessante. Ela surpreende o ouvinte com uma interpretação ao pé da letra da pergunta.
Minha única crítica é que ela serve para qualquer personagem que já passou desta para melhor.
O que a prejudica no quesito exclusividade.

Sabe qual é o novo nome da curva Tamburello?
R:
A reta do Senna.

Talvez essa seja a mais clássica de minha categoria. Eu a aprecio especialmente pelo efeito imagético que provoca. O sujeito que a escuta refaz, mentalmente, o mesmo traçado que fiz na pista. É rápida e tem
um final esmagador.

Sabe qual a bebida preferida do Senna?
R:
Batida de coco.

Essa é interessante porque propõe uma questão de âmbito pessoal, desviando assim as chances
de o interlocutor sequer cogitar qual resposta virá. Me agrada também pelo seu toque de brasilidade
e verossimilhança. Faz sentido um piloto brasileiro gostar de batida de coco.

Você sabe o que significam vários caixões empilhados?
R
: A Senna acumulada.

Minha preferida. Mistura assuntos desconexos como morte, loteria e piloto através da simples utilização do duplo sentido de "Senna". Tem realmente um desfecho inusitado, bastante livre. Mas tome cuidado. Algumas pessoas mais sensíveis a acham de péssimo gosto. Já vi gente receber muitos unfollow no Twitter depois de contá-la.
 

O silêncio dos livros.


domingo, 18 de dezembro de 2011

Acorda, Brasil

Revelações de "A Privataria Tucana" são assustadoras e enojantes!

Acho que é uma ilusão sonhar que um dia veremos esses mafiosos na cadeia. Porém, para mim serviria de consolo que essa corja toda fosse enterrada politicamente de uma vez por todas, desprezados até pelo mais empedernido odiador das esquerdas que tenha o mínimo de bom senso e incapazes de se elegerem sequer para síndicos de seus condomínios...

- por André Lux, jornalista

Estou na página 172 do livro "A Privataria Tucana". Olha, o que o livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr. relata até agora, com farta documentação, é de arrepiar. Mostra como Serra, Ricardo Sérgio (que foi diretor do Banco do Brasil) e outros tucanos de alta plumagem roubaram BILHÕES de dólares dos cofres públicos não só na época das privatizações. Os esquemas de corrupção deles vem de muito antes, segundo o livro, da época que Serra era ainda do PMDB.

Confesso que, mesmo sentindo total repúdio por Serra por achá-lo autoritário, mentiroso, psicopata até, nunca imaginei que ele fosse TÃO corrupto. Os esquemas que ele, seus familiares e sócios armaram para lavar dinheiro da corrupção são os mesmos usados por narcotraficantes e pela máfia italiana. É assustador isso!

Não estamos falando aqui de uma empresa tal que, querendo levar a melhor numa privatização, entrou na sala do diretor do Banco do Brasil e ofereceu a ele uma mala cheia de dinheiro para beneficiá-la. Não, os esquemas desse pessoal são coisa de gente que entrou naquilo para enriquecer ilicitamente de forma "profissional". É coisa meticulosamente planejada, feita por quem sabe do assunto e se envolveu com gente da pior espécie para levar tudo a cabo.

Qualquer pessoa minimamente inteligente e bem informada desconfiava que as privatizações feitas no governo FHC foram os maiores esquemas de corrupção da história do Brasil, porém ninguém tinha como provar isso. Até agora. O livro do Amaury comprova isso de forma incontestável.

Em momentos como esse sinto uma profunda tristeza por todos aqueles brasileiros que, ingênuos, mal informados ou guiados por um ódio irracional e cego às esquerdas (PT principalmente), votaram e votam em pessoas como Serra ou FHC. Agora está mais do que provado que são pessoas que não possuem o menor apreço pela coisa pública e que estão na política única e e exclusivamente para enriquecer às custas do dinheiro público. Por isso, merecem todo o nosso repúdio - e não apenas politicamente, mas como pessoas também. Se ao menos, mesmo com TODA essa corrupção revelada no livro do Amaury, tivessem feito algo de bom para o Brasil... mas nem isso. O governo de FHC foi um desastre para toda a população do país, principalmente a mais pobre, em todos os aspectos!

Outra coisa importante que está nas entrelinhas do livro é como a imprensa corporativa do Brasil (Veja, Globo, Folha, Estadão, etc) deve estar metida até o pescoço nesse lamaçal de corrupção, caso contrário teria divulgado tudo isso muito tempo antes. Se um mero jornalista, em menos de 10 anos, conseguiu levantar todas as informações contidas em "A Privataria Tucana" (que fala apenas de 10% de tudo que foi privatizado no país), imagine o que essa imprensa que tem à disposição um exército de jornalistas poderia ter feito! 1/10 do rigor em denunciar supostos esquemas de corrupção durante os 9 anos que a esquerda está no poder (90% deles, sabemos, meros factóides) já estaria de bom tamanho. É preciso ir mais fundo nessa relação entre os esquemas BILIONÁRIOS de corrupção dos tucanos e a imprensa corporativa do Brasil que é dominada por meia dúzia de famiglias. Não dá mais para viver num país onde uma mídia atua como uma verdadeira quadrilha para destruir reputações de seus inimigos políticos, ao mesmo tempo que defende com unhas e dentes criminosos cujas ações estão fartamente documentadas! É preciso dizer chega a isso de uma vez por todas!

Acho que é uma ilusão sonhar que um dia veremos esses mafiosos na cadeia, depois de terem devolvido tudo que roubaram dos cofres públicos. Até porque essa gente tem tentáculos em todas as esferas públicas, como afirmou o jornalista Amaury Ribeiro Jr., inclusive na Polícia Federal, no Judiciário e no Ministério Público. Porém, para mim serviria de consolo que essa corja toda fosse enterrada politicamente de uma vez por todas, desprezados até pelo mais empedernido odiador das esquerdas que tenha o mínimo de bom senso e incapazes de se elegerem sequer para síndicos de seus condomínios...

Por tudo isso, leiam o livro "A Privataria Tucana" (mas não esqueçam de comprar um saco de vômito para deixar por perto) e, por favor, disseminem seu conteúdo para o maior número de pessoas possível! O que essa quadrilha fez em termos de corrupção durante as privatizações do governo FHC é algo simplesmente enojante! Como bem diz o meu amigo Ricardo Melo, foi um verdadeiro saque ao patrimônio público nacional. Se cada um de nós, cidadãos de bem desse país, fizermos a nossa parte, muita coisa pode mudar. Acreditem!

A discussão sobre energia no Brasil deve ser realista.

De volta ao candeeiro e ao carro-de-boi

Energia elétrica não brota dos roçados nem cai do céu,
como a chuva. Precisa ser produzida, e é cara,
escreve Roberto Amaral. Foto: Amazonastur/ Governo  do
Amazonas/Ribarmar o Caboclo
Roberto Amaral 
Aos ambientalistas de boa-vontade e aos ingênuos, pergunto se conhecem a importância da geração e distribuição de energia elétrica, para o desenvolvimento social (esqueçamos o crescimento econômico).
Alguém já mensurou o significado, do ponto de vista da dignidade humana, do programa ‘Luz para Todos’, ao tirar milhões de compatriotas de uma verdadeira Idade Média para as ofertas do século XX?
Sugiro um exercício: calcular quantas florestas são poupadas no Brasil e no mundo quando as locomotivas a vapor são substituídas pelas elétricas ou pelos carros dos metrôs e a geração de energia elétrica a partir de fontes fósseis ou lenha é substituída pela energia derivada de hidroelétricas ou usinas termonucleares.
A esse respeito, não seria ocioso lembrar que Angras I e II nos forneceram milhões de toneladas de energia limpa ao longo de sua existência. A lamentar, apenas, a demora na retomada do projeto de Angra III.
Seria cômico se não fosse trágico, ou cínico, nossa classe média gritar contra a geração de energia de fontes limpas como a hidráulica e nuclear, e ao mesmo tempo querer mais tevês, mais geladeiras e freezers, mais aparelhos de ar-condicionado, mais máquinas de lavar roupa e mais isso e aquilo cuja fabricação depende de…energia, e cujo funcionamento  depende de… energia. E quanto mais aparelhos elétricos, já sabia o conselheiro Acácio, mais consumo de energia.
É curioso pretender o primeiro, o segundo e mesmo o terceiro automóvel, ou camioneta ou quase-tanques de guerra (pra se deslocar, em regra, daqui até logo ali, quase sempre só o motorista) esquecida a classe-média de que a indústria automotiva depende de energia. Não é sério querer mais plástico e alumínio (que é pura energia) em seus lares – na construção de suas casas, em seus eletrodomésticos, nos brinquedos de seus filhos e nos seus próprios (tablets, e-books, smartphones…), deslembrando-se de que essas maravilhas são filhas da mineração e da petroquímica.
Que tal dizermos agora aos milhões de brasileiros retirados da pobreza e que recém ingressaram nas primeiras faixas do consumo, que eles podem tudo, menos… consumir energia? Tudo menos comprar seu fogão, sua tevê, seu liquidificador?
Energia elétrica não brota dos roçados nem cai do céu, como a chuva. Precisa ser produzida, e é cara. Neste ponto, nem os economistas conseguem obrar milagres.
As opções são poucas: as térmicas alimentadas por petróleo ou carvão, as usinas nucleares e as hidroelétricas, disponíveis em poucos países. O Brasil é um deles e dos mais ricos em recursos hídricos. Mas querem que desse recurso (limpo, renovável e menos caro) abramos mão, como querem que abramos mão da alternativa nuclear, embora sejamos possuidores de uma das maiores reservas de urânio do mundo.
Que sobra?
Aos desmemoriados, lembremos o ‘apagão’ do final do segundo governo FHC, que só não se repetiu em 2003 porque naquele ano o crescimento do PIB foi simplesmente pífio: 0,5%. O ‘apagão’ (quem pagará ao povo os prejuízos sofridos?) não foi pena imposta pelo diabo negando-nos chuva, mas incontornável consequência da falta de investimentos, que o Brasil tenta recuperar com Santo Antonio, Jirau e Belo Monte, e Angra III.
Lembremos: o aumento da geração de energia deve caminhar à frente da demanda, para poder estimular a economia e melhorar as condições de vida da população.
Mas, saberão os inocentes do Leblon o que faz o governo quando a geração de energia elétrica, no Brasil derivada principalmente das hidroelétricas, não atende à demanda? Aciona as termelétricas movidas a diesel ou carvão mineral, os campeões em emissão de C02, aumentando o aquecimento global. Em resumo: lutar contra hidrelétricas e usinas nucleares é defender a fonte fóssil. Não tem saída.
Vejamos os fatos objetivos.
A tendência mundial, considerando mesmo a crise geral do capitalismo, indica o aumento constante e acentuado do consumo de energia. Segundo a norte-americana EIA (Energy Information Administration), a demanda deverá crescer 53% entre 2008 e 2053, ou seja, mais que dobrará em apenas 45 anos!
E sabem quem deverá atender a esse consumo?
As usinas dependentes de combustíveis fósseis, a saber, petróleo e carvão vegetal. O Brasil é dos poucos países que têm condições de romper com essa tragédia, pois dispõe de recursos hidráulicos ainda abundantes e inexplorados. Mas não pode, impedido que está de construir hidrelétricas (como está impedido de criar aquavias), porque elas ora alagam terras sem uso, ora alteram o passeio de bagres, ou, diz-nos um anônimo procurador do Ministério Público Federal do Pará, porque “as compensações oferecidas pelo governo e pelo Consórcio Norte Energia (construtor da usina de Belo Monte) são insuficientes para manter a qualidade de vida” dos 700 índios da etnia Xilkrin, que teriam de abandonar suas terras.
Não faz muito, o início das obras do Centro de Lançamento do foguete Cyclone-4, em Alcântara, Maranhão, foi retardado em 14 meses, tempo durante o qual durou Ação movida pelo Ministério Público Federal daquele Estado, que acusava a empresa Alcântara Cyclone Space, fruto de tratado firmado entre o Brasil e a Ucrânia, de, com a movimentação de máquinas e operários, ‘haver assustado os antepassados dos quilombolas que moravam em grutas na praia’…
As dificuldades interpostas às construções de Santo Antonio e Jirau pedem um livro.
As previsões mais recentes, considerando a crise mundial e o horizonte próximo, indicam o crescimento da demanda brasileira de energia, que deverá saltar de 456,5 mil GWh para 730 mil GWh em apenas 12 anos. Que fazer, se nossas hidrelétricas estão interditadas e se a opção nuclear, a única absolutamente não-poluidora, é tratada como verdadeira pornografia pelo fundamentalismo ambientalista?
Falar nas alternativas eólica ou solar, em termos de alternativas para o país (produção em grande escala) é ignorar que essas fontes, pois, embora não descartáveis, são, ainda, fontes caras, tecnologias em desenvolvimento, mesmo  pouco eficientes (e, diga-se de passagem, dependem de complementação térmica para sua regulação). Servem para garantir calor às residências de praia das classes abastadas ou para suprir as necessidades de condomínios ricos e pequenas vilas e povoações isoladas, compensando, com a geração local, o alto custo das redes de transmissão.
Hoje, essas fontes geram 1.436 MW e podem chegar, em 2020, a 6.041MW. Ora, isso representará apenas 3,59% do total de energia de que necessitaremos naquele ano. Basear nessas fontes nosso futuro energético…
Uma coisa é certa, a oposição midiática, com seu apêndice partidário, faz a cabeça da classe média alienada, levando-a a crer que existe ‘almoço grátis’ e insuflando o sentimentalismo ingênuo para, isto sim,  combater o projeto nacional desenvolvimentista de que carecem nosso país e nosso povo, nada importando quanto suicida seja, e criminoso, para com as gerações que nos sucederão.
Depois do ‘pós-comunismo’ e do ‘fim da História’, eis a proposta da ‘nova direita’: a pós-civilização.
Voltemos para o candeeiro a azeite e ao carro de boi. Voltemos nós, pois os ricos já estão comprando apartamentos em Miami