domingo, 26 de fevereiro de 2012

O Poder Global.

E se o Corinthians fosse fiel à Gaviões?

 
Detesto Carnaval. Provavelmente porque desde que eu deixei de frequentar os bailes de salão da adolescência e passei a não ter dia e hora marcados pra entrar numa folia, só vi Carnaval na TV, nas madrugadas insones dos intermináveis 5 dias da jornada, quando a outra opção era pastor evangélico. E não tem coisa mais chata no mundo que assistir o Carnaval na TV. Para meu alívio e de muitos, hoje temos a Internet e a TV por assinatura que, embora seja dominada pela Globo, vende alivio nestes dias. Então, como não assisti, ouvi dizer e li algumas coisas sobre o Carnaval deste ano.
Antes de mais nada vou logo admitindo: tenho pré-conceitos a respeito da Globo. Na minha opinião, a emissora sempre será culpada, até provar sua inocência. Tudo que apresenta em sua grade de programação envenena a mente e o corpo do telespectador. A leitura dos fatos que escolhe veicular em seus telejornais é distorcida, serve a interesses de uma elite decadente. A Globo tem as mãos sujas de sangue por ter apoiado todos os golpes militares na América do Sul – a começar pelo nosso que, em troca, deu-lhe concessão e financiamento. Resumindo: as vezes a emissora manipula a opinião pública, noutras também.
Qualquer brasileiro minimamente antenado percebe que a Globo odeia o PT de cabo a rabo, desde a sua fundação até os dias de hoje. E neste ódio, há muito mais preconceito que diferenças ideológicas. Portanto, mesmo que seu público mais rentável na programação esportiva, seja o torcedor corintiano, era de se esperar que a emissora boicotasse a Gaviões da Fiel este ano, por conta da homenagem que a escola anunciou que faria ao torcedor mais ilustre do Corinthians.
A troca de última hora de dois dos jurados que avaliam o desempenho das escolas, foi tão obviamente suspeita e por isso mesmo teoricamente improvável, que até passaria batida, não fosse o fato de que, justamente Mary Dana, introduzida de última hora no grupo, desse à escola a menor nota (8,9) entre todas no tal quesito “evolução” – o que foi aritmeticamente determinante para que a Gaviões despencasse para o sétimo lugar na classificação geral. Assim, a escola não participou do desfile das campeãs de ontem, quando Lula teria 99% de chances de ser liberado pelos médicos para subir ao carro a ele reservado para o desfile. Impedir mais essa consagração do presidente mais popular da história do Brasil foi uma questão de honra para a Globo.
Por curiosidade, pesquisei e encontrei um número impressionante: segundo o IBOPE, o Corinthians coleciona 25,8 milhões de torcedores no Brasil – o equivalente à soma das populações de Portugal, Suécia e Suíça! 14,4 milhões desses loucos – como eles mesmos se denominam, no bom sentido, é claro – vivem no estado de São Paulo. Significa dizer que um em cada três torcedores paulistas, é corintiano.
Sei o quanto é duro, caro e sacrificante para uma escola de samba e seus componentes montar o desfile e imagino o quanto doeu terem sido trapaceados. Então, viajei na maionese: a chamada “nação corintiana” é capaz de eleger um prefeito sozinha! Talvez tenham sido determinantes nas vitórias eleitorais de Lula e Dilma – já que ambos receberam algo em torno de 40% dos votos válidos do estado de São Paulo. (Este potencial, claro, é tão fenomenal quanto perigoso…) Mas será que essa nação tem noção de que corintiano unido pode jamais ser vencido? Será que a Globo tem noção de que a trapaça que armou não foi só contra a Gaviões, mas contra o Corinthians como um todo e contra o próprio Carnaval paulista? Será que os dirigentes do Corinthians tem noção do quanto a Globo depende do Corinthians para se equilibrar no Ibope de sua programação esportiva? Mais fundo na maionese: e se depois dessa injustiça com a Gaviões, o Corinthians resolvesse desfazer o acordo de venda de direitos de imagem com a Globo e fechasse com a Record? O que a emissora faria além de exigir o pagamento da multa por rescisão de contrato? E se a Record resolvesse bancar a multa rescisória? A Globo iria paralisar o campeonato Brasileiro no tapetão e perder os contratos com seus patrocinadores?
Bem que diretoria, jogadores e torcedores do Corinthians podiam dar uma espiadinha no seu passado não tão longínquo, quando um tal de Sócrates comandou a famosa Democracia Corintiana bem debaixo do nariz do general-ditador João Figueiredo, e dessa vez, peitar a ditadura do plin-plin…
Ops! Plin-plin: acordei da viagem na maionese: vivemos na selvageria do oligopólio midiático, terra sem lei. A ausência do Marco Regulatório das Comunicações nos mantém reféns de uma emissora de TV que nos tiraniza há quase 50 anos. A Globo manda no futebol. Os clubes ajoelham e rezam a cartilha da emissora. Todos comem na mão da Globo. Inclusive o Corinthians.
Não sou corintiano, mas assim como a Gaviões, tenho grande admiração pelo presidente Lula e sua história. Torci para que eles ganhassem. Porque eu teria o maior prazer em ir até o Sambódromo para assistir o desfile da escola, ver o Lula com aquele chapéu engraçado que anda usando e sentir aquela tempestade de emoções que sempre acontece quando ele e a platéia se encontram ao vivo.
Depois, dentro das quatro linhas do campo, é claro que o texto seria outro…

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Para Reflexão.

Do Blog da Cidadania.

Dogmas moralistas que atrasam o Brasil e intimidam políticos

  • Buzz This
  • Post to Google Buzz
  • Bookmark this on Delicious
  • Bookmark this on Digg
  • Share on FriendFeed
  • Share on Facebook
  • Share on LinkedIn



Em um momento de recrudescimento da crise econômica internacional o Brasil experimenta uma virtual imunidade a ela. Fica até estranho, pois, dizer que este país também está em crise. A crise brasileira, no entanto, não atinge só o bolso do povo, mas a sua razão, levando-o a comportamentos irracionais ou virtualmente autodestrutivos.
A economia viceja, os empregos se reproduzem, o salário do trabalhador aumenta acima de uma taxa de inflação sob estrito controle, mas não está tudo bem.
Greves de policiais militares, milhares de famílias sendo atiradas na miséria em benefício de  ricaços picaretas, cidadãos sendo espancados e até assassinados por sua natureza íntima, ruas infestadas de crianças que se drogam, prostituem-se e roubam, sistemas de Educação e Saúde falidos…
Pode parecer estranho, inicialmente, mas tudo isso faz parte de uma mesma equação.
O Brasil é um país socialmente conflagrado. Os números de mortes violentas que produz equiparam-se ou superam até os de países em guerra. E o mais impressionante é que essa tragédia social se desenrola justamente em um momento em que esse país mais está distribuindo renda e oportunidades em toda a sua história.
Todavia, ainda é insuficiente. Este pais é superpovoado onde não tem espaço e subpovoado onde tem. Mas é na superpopulação nos centros urbanos que reside problema que nos esgota os recursos e que produz tensões sociais como as supracitadas.
Recentemente, em serviço voluntário prestado no rescaldo da tragédia humanitária em São José dos Campos que entrou para a história como O Massacre do Pinheirinho, o blogueiro depara com uma jovem mulher de menos de trinta anos em um dos abrigos visitados.
Ao começar a entrevistá-la para lhe tomar queixa que seria encaminhada à Defensoria Pública, crianças começam a acorrer para junto de si – uma escadinha etária de 8, 6, 5, 3 e 2 anos. Eram todos seus filhos.
A mulher se destaca de outras que se amontoam com os filhos naqueles depósitos de seres humanos que a prefeitura de São José dos Campos diz “abrigos”. É loira de olhos claros em meio a congêneres de desgraça em maioria negras ou mestiças. Como a quase totalidade das outras, não tem profissão e quase nenhuma instrução. Mas, à semelhança da maioria, tem religião.
Descobre-se que é paranaense, do interior do Estado, e que fugiu de casa quando engravidou pela primeira vez, antes dos 18 anos.
Mesmo com a forte queda de sua taxa de natalidade, o Brasil ainda sofre os efeitos da gravidez precoce e irresponsável. As mulheres de estratos sociais mais altos têm cada vez menos filhos, mas as dos estratos mais baixos entre os mais baixos continuam gerando proles enormes – imagine você, de classe média, tendo que sustentar CINCO filhos.
Se a reflexão for puramente racional, não se consegue entender essa loucura social que faz um país não oferecer a mulheres pobres e sem qualquer instrução um meio seguro de interromper gravidezes que lhes destruirão as vidas e as daqueles que irão pôr no mundo, se forem levadas a termo.
A sociedade brasileira praticamente obriga pessoas sem qualquer condição de procriação a gerarem legiões de crianças que irão crescer largadas ao léu, sem educação, sem saúde, sem orientação de qualquer espécie. Crianças para as quais a criminalidade acaba sendo o caminho mais fácil e atraente.
Não é à toa que temos presídios para crianças e adolescentes abarrotados daqueles que dogmas moralistas fizeram vir ao mundo, mas que após sua chegada se esqueceram deles.
Essa maioria esmagadora dos brasileiros que é contra a política de saúde pública adotada por praticamente todos os países de melhor qualidade de vida e desenvolvimento, o aborto, acha que interromper uma gestação quando a mulher tem dentro de si uma semente do tamanho de uma ervilha, se tanto, seria “crime contra a vida”, mas não dá a mínima para o que irá se tornar aquela criança.
Para controlar uma população que produz muito mais gente do que os sistemas de Educação, de Saúde e até o mercado de trabalho podem absorver, há que constituir um exercito, pois são pessoas que nascem e crescem sem qualquer estrutura familiar e que em parte significativa acabam caindo na marginalidade.
Chega-se, pois, a outro elemento da equação: até a criminalidade convencional seria insuficiente para abrigar a tantos que a maternidade irresponsável produz se não fosse outro dogma moralista. Só a proibição do consumo de drogas oferece “mercado” para tantos “trabalhadores” do crime.
Nenhuma outra atividade ilegal é tão difícil de combater e requer tanta “mão-de-obra” quanto o tráfico. Se legalizássemos as drogas, centenas de milhares de pequenos criminosos não teriam mais serventia para organizações criminosas que exploram o mercado que o proibicionismo gera.
A suspensão da criminalização do uso de drogas e o tratamento clínico – em vez de policial – ao usuário vêm fazendo várias sociedades reduzirem custos com efeitos do tráfico e do consumo, o que lhes deixa recursos para investir na formação de sua juventude e na segurança pública.
Sem um mercado inesgotável para criminosos como é o tráfico de drogas e sem uma superpopulação forjada na obrigatoriedade de jovens imberbes e miseráveis levarem gravidezes até o fim, um país pode ter menos policiais, o que lhe permite pagar a eles melhores salários e lhes dar melhor formação.
Sem superpopulação e com educação de qualidade seria possível evitar que a população acalentasse tantos preconceitos. Estudos recentes mostram que o baixo nível de instrução é fator determinante da homofobia e do racismo, por exemplo.
Os que governam sabem de tudo isso. Pouco importa se são de direita ou de esquerda. No Brasil, quem vence eleições são políticos que sabem que é preciso legalizar o aborto e descriminalizar as drogas, mas ou se aproveitam da ignorância popular e exploram o preconceito ou ao menos não têm coragem de ficar publicamente do lado certo.
Não há dúvida de que um político que saísse em defesa do aborto ou da descriminalização das drogas jamais conseguiria se eleger para cargos no Poder Executivo que, para serem alcançados, requerem apoio da maioria de um eleitorado conservador nessas questões.
Por trás de tudo isso, as religiões. Só se sustentam com absoluto controle não só das mentes, mas dos corações e da própria alma dos “fiéis”. Manipular conceitos e valores intrínsecos permite às igrejas influírem em decisões eleitorais e, assim, tornam-se beneficiárias de uma bajulação de políticos que se traduz em isenções fiscais, financiamentos e favores análogos.
O grande dilema de um país como o Brasil, portanto, é descobrir como combater os dogmas moralistas que o atrasam. A falta dessa descoberta impõe obstáculos econômicos e sociais que acabam sendo intransponíveis. Chega a ser assustadora a descoberta de que a sociedade brasileira cria os seus próprios problemas.

Rede Globo ainda domina corações e mentes.

Nesse processo, o principal indutor é o “Sistema Globo”, que o falecido Paulo Francis, antes de capitular, apropriadamente crismou como “Metástase”, pois de fato suas toxinas se espalham por todo o tecido social. Seus carros-chefe, que frequentemente se realimentam reciprocamente, são o jornal da classe média conservadora e, principalmente, o Jornal Nacional, meticulosamente pautado “de [William] Bonner para Homer [Simpson]“ que, de segunda a sábado, despeja ideologia mal travestida de notícia sobre dezenas de milhões de incautos

E o que “deu” no Jornal Nacional “pauta” desde as editorias dos jornais impresso – O Globo por cima e o Extra por baixo — e das revistas, “da casa” ou de uma “concorrência” cujo único objetivo é ser ainda mais sensacionalista e leviana. Algumas vezes, o movimento segue o sentido inverso: uma publicação semanal produz a ficção que só repercute graças à reprodução da corporação.

Os outros instrumentos de espetaculosidade complementam o processo, impondo suas versões de pseudo-realidade: o Fantástico, ersatz dominical do JN; as novelas “campeãs de audiência”, com seus “conflitos” descarnados e suas “causas sociais” oportunisticamente selecionadas como desconversa; e, culminando, o Big Brother Brasil, a celebração máxima da total vacuidade.

Processo análogo vem sendo usado, há mais de duas décadas, para esvaziar e despolitizar a política, reduzindo-a às futricas de bastidores, ao “em off” e aos “papos de cafezinho”; e, em época eleitoral, à corrida de cavalões das pesquisas de intenção de voto que ocupam as manchetes, o noticiário, as colunas – ah, as colunas! – e até mesmo a discussão supostamente acadêmica. A não menos velha desconversa nacional: olha todo mundo pra cá, e pela minha lente, para que ninguém olhe pra lá.

Falar-se em “opinião pública”, nesse cenário, é um escárnio. “Opinião” pressupõe um espaço interno, em cada indivíduo, para reflexão, ponderação, crítica e elaboração, não controlado pelo poder social. “Pública” requer que exista uma esfera pública, de discurso racional entre iguais, aberto ao contraditório e não subordinado aos ditames do “mercado” ou subministrado de fio a pavio pelo braço “midiático” do mesmo poder. Nem uma nem outra condição pode existir em ambiente que tenta subjugar “corações e mentes”, induzindo-o sistemática e deliberadamente à loucura social.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Para Reflexão. Não estariam nossa Globo,Veja e afins usando o mesmo modus operandi?

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Novo escândalo do império Murdoch

Do sítio Carta Maior:

Cinco jornalistas do tablóide britânico "The Sun", do grupo News Corporation, de propriedade de Rupert Murdoch, foram presos na manhã deste sábado, juntamente com um policial, um militar e uma funcionária do Ministério da Defesa, acusados de envolvimento em um esquema de pagamento de subornos à polícia e a autoridades políticas do país em troca de informações privilegiadas.
Segundo informou o jornal “Guardian”, foram presos o subdirector Geoff Webster, o editor de fotografia John Edwards, o repórter John Kay, o principal correspondente de assuntos internacionais Nick Parker e o repórter John Sturgis. O News Corporation não confirmou o nome dos jornalistas presos.

Ao tomar conhecimento das prisões, Murdoch anunciou que viajaria a Londres para garantir aos funcionários do “The Sun”, que o jornal não vai fechar, como aconteceu com o “News of the World”, após o escândalo do esquema de escutas telefônicas ilegais envolvendo jornalistas deste veículo. O jornal foi comprado por Murdoch em 1969 e é considerado a “menina dos olhos” da corporação midiática.

Os investigadores da polícia afirmaram que o novo esquema ilegal foi descoberto a partir de elementos fornecidos pela própria News Corporation. No final de janeiro, a polícia já tinha detido quatro jornalistas e ex-jornalistas do “Sun” e um policial em uma investigação paralela a das escutas ilegais.

Em um comunicado oficial, a empresa de Murdoch disse que está “determinada a impedir que voltem a se repetir as práticas inaceitáveis de certos indivíduos para obter informações que possam ter ocorrido no passado”. Além disso, informou que a polícia também realizou buscas nas casas dos cinco funcionários e do escritório do grupo em Londres.

O editor do The Sun, Dominic Mohan, manifestou surpresa com as prisões, mas garantiu que “a equipe está comprometida com o jornal”. “Eu estou tão chocado como todo mundo pelas prisões de hoje, mas estou determinado a liderar o The Sun através desses tempos difíceis. Eu tenho uma equipe brilhante e nós temos o dever de servir nossos leitores e continuaremos fazendo isso. Nosso foco é colocar na banca o jornal de segunda-feira”, afirmou Mohan.

O novo braço da investigação iniciada com as escutas ilegais no News of the World e batizada de Operação Elveden, procurou levantar provas sobre a prática do pagamento de propinas a policiais e a autoridades políticas em troca de informações. "A missão da Operação Elveden foi ampliada para incluir a investigação de evidências descobertas em relação à suspeita de corrupção envolvendo funcionários públicos que não são policiais", disse a polícia em um comunicado divulgado neste sábado.

* Com informações dos jornais The Guardian e The Independent

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Sátiras Globais.

cid:image001.jpg@01CC1A1C.62B83E70 cid:image002.jpg@01CC1A1C.62B83E70

Vítor Suarez da Cunha, um exemplo de brasileiro.


O Vítor Suarez recebeu alta do Hospital , nós moradores da Ilha do Governador estamos muito feliz , pois, ele é um herói !
Dou os Parabéns ao Vítor e desejo a sua melhora :D.
E espero que os criminosos recebam a devida punição.
De: Mariana Targino

O fascismo dos "meninos do Rio"

Por Gilson Caroni Filho, no sítio Carta Maior:

O que há em comum entre uma moradora de rua agredida a socos e pontapés no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, por três homens de classe média que a acusam de quebrar o retrovisor do carro e Vítor Suarez da Cunha, jovem estudante brutalmente espancado ao tentar proteger um mendigo que apanhava de cinco delinquentes no bairro Jardim Guanabara, na Ilha do Governador? Ambos foram vítimas de um estrato social que tem como traço ideológico funesto a recusa da cidadania.



Em menos de uma semana, a violência de um segmento incapaz de distinguir o público e o privado, que tem na venalidade uma de suas marcas, que trata a rua como prolongamento da casa e do quintal, desconhece direitos sociais e políticos, menospreza a condição humana dos que não pertencem à sua geografia social, reiterou, em pontos do estado do Rio de Janeiro, o caráter fascista que lhe é inerente.

Para eles, a liberdade se reduz ao ato de escolher entre várias marcas do mesmo produto e a felicidade é o fim de semana em família esvaziando shopping centers, o consumo do Natal e o réveillon em uma boate "superluxo". A protegê-los, vigias, olhos eletrônicos, cães de guarda, grupos de extermínio e a polícia violenta que conhecemos, protetora de “gente de bem”. Quando se lançam em busca das ilusões perdidas, dão início a uma busca feroz, mostrando uma força ideológica assustadora.

Num tempo em que pessoas têm sua condição humana aviltada, morrendo como moscas, fatos como estes não podem, após algum tempo de exposição midiática, provocar, no máximo, bocejos. É preciso deixar de contentarmo-nos em sobreviver, de acreditar que "com a gente não acontece" ou, o que é pior, fazer da vítima o culpado. Recusar a indiferença, persistindo em chamar de acidente uma rotina de mortes e de mutilações, conhecida, anunciada e burocraticamente executada cotidianamente. Nas ruas do Leblon e do Jardim Guanabara, o que aconteceu foi um fato político. E como tal precisa ser combatido.

Como classificar o comportamento dos fascistas de "boa aparência”? Perversão? É pouco. Isto é sordidez, abjeção, cegueira de valores. Mais ainda: é sintoma de uma cultura que faz da sarjeta sua medida moral e que, pouco a pouco, destrói um legado histórico, construído com sacrifício de homens, de povos e de nações. O que está em jogo é a consciência de que a vida é um bem, cuja posse não temos o direito de negar a quem quer que seja. O que estamos esperando? Que a lei da oferta e da procura regule o mercado de massacres e extermínios?

A punição exemplar dos agressores, "gente de boa cepa", é fundamental para que não continuemos a ser uma sociedade moralmente idiotizada. A barbárie não pode continuar satisfazendo o apetite de quem faz do riso cínico a única saída para a impotência e a covardia. Os fascistas têm que saber que já não contam com o "jeitinho brasileiro" de lidar com o direito à vida e a dignidade física e moral de cada um. Do contrário, a certeza da impunidade continuará ampliando a lista de vítimas. Em um país democrático, não se confunde desejo de justiça com direito de vingança.

Vítor Suarez da Cunha, o jovem de 21 anos, que teve 63 pinos implantados no rosto, deu uma magnífica lição de vida, de solidariedade humana. Muitos escreverão sobre sua atitude, mas nenhum texto será capaz de traduzir sua coragem, seu amor ao próximo, sua consciência de cidadania. Ao afirmar que "faria tudo de novo se preciso fosse", torna-se um símbolo de que a luta política não só é possível como conta com bons combatentes.

Mídia Hipócrita.

A mídia e suas "prioridades"...

Vivemos num mundo onde há 6477 bilhões de habitantes. Conflitos armados tem assassinado centos de milhares de crianças e deixado outros milhares com sequelas irreversíveis. A fome mata AO REDOR DE 5.000.000 DE CRIANÇAS POR ANO, o que significa que a cada 5 minutos morrem doze crianças de FOME! Morrem de fome num mundo que produz alimento suficiente para que milhões de seres humanos e seus animais de estimação padeçam de OBESIDADE MÓRBIDA!

No entanto, isso não causa "polêmica" nenhuma... o que sim causa polêmica é que um casal de chineses tenham feito seu filho de 4 anos correr na neve com pouca roupa. Para a mídia os milhões de crianças que morrem cada ano de fome são menos relevantes que uma única criança, aliás muito bem alimentada, por sinal.

Ai a gente se pergunta o que leva a mídia a priorizar este video enquanto, por exemplo, as crianças assassinadas pelos bombardeos da OTAN em Líbia não mereceram sequer uma simples nota ao pé da página. Bem... é muito fácil. Basta ver os comentários RACISTAS e XENÓFOBOS que a divulgação do video tem provocado para ver exatamente aonde apontam as "prioridades" das corporações midiáticas mundiais.
Meus cartuns. My cartoons.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Viva a internet. Mídia brasileira e patrocinadores tremem.

Sem sexo e álcool, BBB perde força

Por Altamiro Borges

O título acima não é de minha autoria. É da reportagem de Cecília Ritto, publicada na insuspeita revista Veja. Segundo a repórter, desde o suposto estupro no BBB-12, “a produção limita bebidas e os participantes se afastam do edredom. Resultado é um reality show pacato e com audiência em queda”. Ou seja: o apelo às baixarias é que garantia o “sucesso” do programa da TV Globo.



Ainda segundo a revista, “os participantes da casa e a produção vivem uma espécie de ressaca moral. Depois de alcançar um pico de audiência na semana em que Daniel foi expulso, considerado culpado pela Rede Globo no episódio do edredom com Monique, o Big Brother perdeu força – ele despencou da casa dos 30 pontos de audiência para 16, uma de suas marcas mais baixas”.

Operação abafa e maior cautela

O episódio do suposto estupro, envolvendo Daniel Echaniz e Monique Amin, causou indignação em setores da sociedade. Diante das imagens, amplamente difundidas nas redes sociais, até a Polícia Federal foi acionada para visitar os estúdios da TV Globo no Rio Janeiro, o Projac. De imediato, a emissora tentou abafar o caso. Expulsou o acusado e deu o assunto por encerrado.

Ao mesmo tempo, porém, a produção do BBB passou a ser mais cautelosa, cortando bebidas e evitando o famoso edredom, por temer conseqüências mais graves. Num ato de protesto em frente à sede da emissora em São Paulo, entidades que lutam pela democratização da comunicação chegaram a propor que o governo reavalie a concessão pública para a TV Globo.

Faustão versus Boninho

As medidas adotadas pela famiglia Marinho ainda não deram o resultado esperado. A operação abafa não funcionou a contento. No último domingo (5), o próprio Fausto Silva reascendeu a polêmica ao anunciar que convidaria brother Daniel Echaniz para se defender. A iniciativa irritou a direção da TV Globo. Boninho, o chefão das baixarias, disparou: “[Faustão] não cuida do BBB”.

Para piorar, há indícios de queda no número de anunciantes do programa. Segundo a coluna Outro Canal, da Folha de ontem (7), o BBB-12 perdeu publicidade desde o suposto caso de estupro. Em relação à edição anterior, a atual temporada teve 17 inserções comerciais a menos. O reality show é uma mina de ouro. No ano passado, só com merchandising a TV Globo faturou R$ 380 milhões.

Queda na publicidade

Segundo levantamento da empresa Controle da Concorrência, que monitora inserções comerciais, o BBB-12 teve queda de 25,3% em ações de merchandising em relação ao BBB-11. “A Folha apurou que os anunciantes estão preocupados com a polêmica que culminou na expulsão do modelo Daniel Echaniz, e que muitos não querem mais ter sua imagem associada ao programa”.

Todos estes fatores colocam o maior programa de baixarias da tevê brasileira na berlinda, como já apontou a própria revista Veja na reportagem sobre a queda de audiência:

“A freada de arrumação no BBB sinaliza o que podem ser mudanças na forma que a Globo enxerga o programa. A exploração das insinuações de sexo e o clima de ‘liberou geral’ estimulado nas festas tornaram-se, ao longo das 12 edições, em característica central do programa. Depois que a polícia bateu à porta do Projac e o público, nas redes sociais, repudiou os excessos do BBB, caiu a ficha: o reality show criou uma estranha dependência do apelo sexual. Se o diretor Boninho sabe como mantê-lo no topo da audiência sem a bebedeira e as cenas quentes do edredom, ainda não mostrou

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Fotos do despecho do Pinheirinho em São Paulo.

Um ser HUMANO fica tranquilo com isto?







http://palavrastodaspalavras.wordpress.com/2012/01/26/pinheirinhosp-the-guardian-jornal-ingles-informa-que-foram-7-mortes-60-feridos-e-9-000-despejados-da-area-do-ladrao-milionario-naji-nahas-alkmim-violento-na-defesa-do-ladrao-colocou-a-policia

Atenção estudantes de Direito: Vejam como funciona a Justiça Brasileira.