quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Fotos animais.

Igor Siwanowicz, fotógrafo da National Geographic

Por Vaas
Fotografia de alguns antrópodes feitas pelo polonês Igor Siwanowicz, fotógrafo da National Geographic. No link abaixo há dezenas de espécies que suas lentes registraram...

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Não ao preconceito e racismo.

Não ao reacismo

Diretor do Jornalismo Global escreve livro dizendo que no Brasil não há Racismo. Será?

Do Blog da Cidadanias.

A submissão étnica no Brasil



A imagem acima simboliza uma afronta que é feita diariamente à maioria do povo brasileiro, maioria essa que o IBGE, a partir do Censo de 2010, diz que passou a ser composta por afrodescendentes.
O censo revelou que o contingente de pessoas que se declaram negras e pardas superou o das que se declaram brancas. 91 milhões se dizem brancas (47,7%), 15 milhões se dizem pretas (7,6%), 82 milhões se dizem pardas (43,1%), 2 milhões se dizem amarelas (1,1%) e 817 mil se dizem indígenas (0,4%). Negros e pardos, portanto, somam 97 milhões.
O pior é que grande parte dos que se dizem brancos, não é. Tem pele morena mais clara, mas com evidentes traços negros. Por que isso? Simplesmente porque uma carteira de identidade que diga que o indivíduo é negro ou pardo equivale a uma condenação.
Corte para uma cena típica neste país. A casa é a de uma família negra – homem, mulher e uma filha. É fim de tarde e a jovem de quinze anos se acomoda ansiosamente no sofá, diante da televisão. “Vai começar Malhação”, diz à mãe.
A cena chama atenção e perturba porque um pensamento vem à mente: será que a garota não se sente incomodada por não se ver representada na novela das cinco, das seis, das sete ou das oito, dia após dia?
Dirão que sempre há um negro e até um mestiço nas novelas, ainda que na propaganda isso seja muito mais raro. Mas como é possível que essa maioria da população não se incomode ao ver que nessas novelas é praticamente todo mundo branco?
Vejamos, abaixo, outro exemplo de novela com elenco “nórdico”, a das seis, também da Globo, uma tal de “A vida da gente”. Dê uma boa olhada no perfil étnico do elenco, leitor, e reflita se é mesmo a vida “da gente” que está na telinha.

Antes de prosseguir, há que constatar que essa situação não vige só na Globo, mas em todas as concessões públicas de televisão, no teatro, no cinema… A menos que seja uma trama de mocinhos e bandidos. Aí os negros aparecem mais, mas não como mocinhos…
Em alguma parte do país existe um povo como o dessa ou o de qualquer outra novela? Nem no sul há população tão branca. Pior ainda onde as emissoras ambientam a maioria de suas novelas, ou seja, no Rio ou em São Paulo.
E se isso ocorresse só nas novelas, não seria nada. Cristiane Costa, leitora do blog, envia comentário que mostra como o racismo paira sobre esta sociedade majoritariamente afrodescendente.

Há, sim, bonecas negras. Mas não é fácil achar. E a maioria é de brancas e loiras.  Meninas negras brincam com bonecas brancas assim como meninos negros brincam com bonecos brancos de super-heróis, por exemplo.
É só? Claro que não. A publicidade é ainda mais racista. É raro ver uma propaganda com uma família negra. Pode ser de banco, de plano de saúde, de loja de departamentos, de supermercados…
Pode-se dizer, no entanto, que quem movimenta a economia é a massa, aquela massa que o IBGE diz que é majoritariamente negra. Depois vêm outras etnias. Essa etnia que aparece nas novelas, na publicidade ou em brinquedos não deve chegar nem a 10% da população.
Por que, então, uma população tão discriminada não boicota o supermercado, o banco ou o plano de saúde que retratam este povo como se fosse norueguês ou sueco e escondem o verdadeiro povo brasileiro?
Apenas porque essa maioria étnica aprendeu a se submeter a coisa muito pior. Submete-se a ganhar menos e até a não poder freqüentar determinados ambientes, tais como casas noturnas e, sobretudo, clubes.
Um amigo está entre os raríssimos negros de classe média alta. Mora em um dos bairros mais elegantes de São Paulo, um bairro quase totalmente branco em que, apesar de residir ali há quase vinte anos, quase não tem amigos.
O amigo negro tentou várias vezes associar a família a um clube e jamais conseguiu. Dizem-lhe que não há títulos disponíveis para venda apesar de ele saber que é mentira porque antes de se apresentar pessoalmente pede informação por telefone e lhe dizem o oposto.
Ao ser perguntado sobre por que não denuncia isso, baixa os olhos e deixa escapar, de forma quase inaudível, que “seria pior”. E muda de assunto.
A pergunta, então, torna-se recorrente: se, como diz o IBGE, a maioria do povo brasileiro é negra ou descendente de negros, por que essa maioria não se revolta com uma situação tão absurda de legítima discriminação racial?
Não há estudos sobre isso apesar de que todos sabem a razão da submissão étnica que flagela a maioria dos brasileiros: trata-se de uma herança histórica, de uma história de submissão negra ao senhor branco.
Daí as pessoas negras vibrando com novelas brancas e que continuam dando dinheiro a empresas que as discriminam nas propagandas. Até porque, não há alternativas de entretenimento ou consumo que não passem pelo cordial racismo brasileiro.

domingo, 27 de novembro de 2011

Esse Joãozinho.

  Joãozinho analisa Drumonnd de Andrade...


Na sala de aula, o professor analisa com seus alunos, aquele famoso poema do Carlos Drummond de Andrade :

No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho.
E eu nunca me esquecerei
Que no meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho.

O professor pergunta :

- Joãozinho, qual a característica do Carlos Drummond de Andrade que você
pode perceber neste poema?

- Se não era traficante, era usuário ...

Se dirigir não beba, se não dirigir tome todas?

Texto do Dr. Elsimar Coutinho.
A plateia gargalhou quando o doutor cientista comentou: “Meus caros, a mensagem está ali nas entrelinhas, ou seja, se beber, não dirija. Agora, se não for dirigir, beba tudo o que conseguir”. O comentário ironizava as autoridades brasileiras que permitem ampla e indiscriminada propaganda de bebidas alcoólicas nos meios de comunicação, principalmente, na televisão, atingindo homens e mulheres de todas as idades. Não se pode negar que os mais afetados pela sedução do marquetingue sejam os jovens, claramente esvaziados pela imaturidade. 
Uma das fases da minha vida em que mais me diverti foi quando tinha quinze, dezesseis anos de idade, e frequentava as festinhas de debutantes. Naquela época, a covardia morava em mim, de tal forma que a espera pela próxima música romântica, após tantos embalos de dance-milziqui, transformava-se numa verdadeira tortura. Quem chamar pra dançar? Será que ela vai dizer “não”? Sim. Elas disseram “não” inúmeras vezes. Fazer o quê? Continuei dançando as alienantes canções dos Bi-Dis. 
Tenho um filho adolescente que está passando pela famosa fase de caça aos bailes de debutantes. Nas minhas idas e vindas com ele, nos meus traslados noturnos pela cidade, constatei várias vezes que a garotada anda bebendo desregradamente. Sem controle eficaz dos adultos, especialmente dos pais anfitriões, a galera se encharca com uísque, vodca e tequila, como se fossem suco de groselha. E pensar que fui tomar cerveja só depois de entrar na faculdade... 
Nestes regabofes grã-finos é corriqueira a presença de “tequileiros profissionais” que cospem fogo e executam performances etílicas com a participação dos jovens, fazendo com que eles ingiram a bebida através de um funil colocado em suas bocas. 
Depois de regarem a goela do adolescente com bebida destilada, o “tequileiro” chacoalha a cabeça da “vítima”, que mal consegue se levantar da cadeira, enquanto a multidão presente aplaude o ato e ri à beça. E olha que os pais pagam caro para que esses “animadores de festa” embriaguem a molecada e divirtam os convidados.   
Nem dá mais pra contar nos dedos quantas vezes me deparei com adolescentes cambaleantes vomitando nas portas das boates, nas calçadas das residências ou nos pisos de granito dos suntuosos salões de eventos. 
Certa vez, levei um susto quando um sujeito descabelado adentrou uma festa trajando pijamas, dirigiu-se ao toalete feminino e saiu com a filha desmaiada no colo. Apesar do ligeiro constrangimento dos que ainda se encontravam sóbrios, a festa prosseguiu animada, enquanto uma equipe médica da UTI móvel se ocupava em retirar a moça do coma alcoólico. 
Parece conversa de bebum, outro contrassenso, mas ainda acho elegante e sensato quando meu velho pai diz que “é preciso saber beber com classe”. Enquanto tomávamos uns goles na varanda, fomos falando das experiências de cada um, comparando “como eram as coisas na minha época”. Sexo, bebida, cigarros, drogas, carros. E tudo o mais de supérfluo que interessa a um ser humano jovem, criatura movida pela curiosidade e pela necessidade de se movimentar em bandos. Por fim, ambos chegamos à conclusão que “na minha época a vida era bem melhor”. Então terminamos o répi-auer intimista com mais um insolúvel dilema. 
É possível que, passados uns trinta anos, ao celebrarmos com muita saudade a memória de meu pai, eu e o meu filho tomaremos alguns goles de uma bebida inebriante qualquer (possivelmente lícita aos olhos hipócritas da sociedade futura), a fim de também compararmos as nossas juventudes. Certamente, construiremos uma contradição novata e dormiremos com aquela dúvida que jamais se cala: aonde vai parar esta juventude?

Chega de futebol às 22 horas.

Sátira aos Artistas Globais.

Papa infringe a Lei de Trânsito.

Sem cinto de segurança no Papamobil, Papa é processado

. A pergunta do Morgen Post de Hamburg: deve o senhor supremo que prega a palavra de Deus pelo mundo usar cinto de segurança?

. Para um cliente do advogado Johannes Christian Sundemann sim.

. Ele diz que o cinto para o Papa é tão certo quanto o "amém" na missa.

. Segundo o mandante , o Papa desrespeitou as Leis do Trânsito ao visitar Freiburg e no Papamobil não usar o cinto.

. Para o alemão a Lei de Deus só serve no Vaticano.

. Fora do território da IC o que vale mesmo é a Lei dos Homens.

O Professor Brasileiro é violentado?

Violência contra o professor

Frases para pensar.

Frases para pensar!

"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma."
(Joseph Pulitzer - 1847/1911)
"acreditava que o jornalismo era um serviço público, destinado às pessoas “pequenas” e não servindo os interesses do grande poder; um defensor do lado das pessoas e um porta-voz da democracia”.
"Esta noite milhões de crianças dormirão na rua, mas nenhuma dela é cubana. E, se algumas criança adormecer na rua é porque quer ver as estrelas."
Fidel Castro
"Aqueles que queimam livros, acabam cedo ou tarde por queimar homens."
Heinrich Heine
Gravata Colorida
"Quando eu tiver bastante pão para meus filhos para minha amada, pros meus amigos e pros meus vizinhos, quando eu tiver livros para ler, então comprarei uma gravata colorida, larga, bonita e darei um laço perfeito e ficarei mostrando a minha gravata colorida a todos os que gostam de gente engravatada."
Solano Trindade
"Se meus amigos pararem de dizer mentiras a meu respeito, eu paro de dizer verdades a respeito deles."
A. Stevenson
"Não deixem de ver o que escrevo porque escrevo o que vejo"
Blas de Otero
"Nunca duvide que um grupo de pessoas conscientes e engajadas para mudar o mundo; de fato, sempre foi somente assim que o mundo mudou."
Frijof Capra
"Fala-se tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos, e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores para o nosso planeta."
"Se você tiver uma maçã e eu tenho uma maçã e nós trocamos as maçãs, então você e eu ainda teremos uma maçã. Mas se você tem uma ideia e eu tenho uma ideia, então cada um de nós terá duas ideias."
Bernard Shaw
"Como é meu intento escrever coisa útil para os que se interessem, parece-me mais conveniente procurar a verdade pelo efeito das coisas, do que delas se possa imaginar."
Maquiavel, in O Príncipe
"Se tiver que amar, ame hoje.
Se tiver que sorrir, sorria hoja.
Se tiver que chorar, chore hoje.
O ontem já se foi e o amanhã talvez não venha."
André Luiz
"Enquanto um povo é constrangido a obedecer e obedece, faz bem: tão logo ele possa sacudir o jugo e o sacode, faz ainda melhor; porque, reconhecendo a liberdade graças ao mesmo direito com que o qual lha arrebataram, ou este lhe serve de base para retomá-lo ou não se prestava em absoluto para subtraí-la."
Jean-Jacques Rousseau, in Do Contrato Social
"Se lhe posso dar um conselho, rapaz, é o de reter tanto as suas opiniões como a sua palavra. Quando lhas pedirem, vande-as."
Vautrin, In 'Pai Goriot', Balzac
"Eu ontem tive a impressão que Deus quis falar comigo, não lhe dei ouvidos. Quem sou eu para falar com Deus? Ele que cuide dos seus assuntos, eu cuido dos meus."
Paulo Leminski

sábado, 26 de novembro de 2011

Yes, we care? Quem está preocupado com quem?

sábado, 26 de novembro de 2011

Yes, nós temos um Berlusconi. “Yes, we care”

O senador Aécio Neves e a socialite Ana Paula Junqueira foram fotografados saindo juntos de um balada na madrugada de ontem, quinta feira (25) em São Paulo.Os dois foram fotografados no banco de trás de um carro e tentaram fugir dos flashes dos paparazzi.

Aécio Neves dentro de carro com a socialite Ana Paula Junqueira
Ana Paula apareceu recentemente em um vídeo que discute o conflito da USP com outras socialites.

Baladeiro de plantão

Alguém me explica o que o senador tucano Aécio Neves, estava fazendo em plena quinta  feira, dia útil, em São Paulo?. Em um dia útil,Aécio caiu do cavalo em Minas. Em outro dia útil, Aécio fugiu do bafômetro no Rio....

Será que ele já foi informado que ganhou dos mineiros uma vaga no Senado, para trabalhar e é pago com dinheiro público?.Vai ver ele não sabe, por isso não fica em Brasília.

Só falta o senador repetir a frase da Luciana Cardoso (filha do FHC): "Se me chamarem eu vou na hora". Ela também recebia polpudo salário em Brasília (também no Senado) sem comparecer ao trabalho. E os tucanos tem a cara de pau de falar em ética.

Ley dos médios já. Será que Dilma topa?


Mídia convenceu Dilma a aceitar a lei da mídia

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Na última sexta-feira, em São Paulo, o Partido dos Trabalhadores promoveu um “Seminário Nacional por um Novo Marco Regulatório para as Comunicações”, evento que teve como objetivo discutir a adoção pelo país de um arcabouço legal – um conjunto de regras mínimas – ao menos para a comunicação eletrônica, o que há poucos meses parecia impensável que fosse sequer discutido, mas que, agora, vai se mostrando viável discutir e até propor ao Congresso.
No alvorecer de 2011, porém, a presidente Dilma Rousseff assumiu o cargo visivelmente determinada a distender o acirrado clima político que pouco antes produzira uma das campanhas eleitorais mais sujas da história, na qual a própria presidente, então candidata, fora alvo de ataques que, entre outras táticas criminosas, chegaram até a difundir invenções sobre sua sexualidade, além de tal campanha ter levado a Folha de São Paulo, aliada de primeira hora do então candidato José Serra, a publicar em sua primeira página ficha policial falsa da principal adversária dele.
Naquele esforço para promover a distensão e convencida de que a guerra política contra o ex-presidente Lula fora produto de enfrentamento que ele teria aceitado travar, Dilma tentou agradar aos adversários na mídia e na oposição e, além de ter aceitado participar da festa de aniversário do jornal que promoveu contra si aquela que foi uma das jogadas mais sujas da política brasileira neste século, ainda passou a bajular o queridinho daqueles meios de comunicação e líder oficioso da oposição, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Dali em diante, Dilma iniciou um périplo pelos meios de comunicação que sem a menor trégua fustigaram seu antecessor e a ela mesma durante a década anterior quase inteira usando acusações de toda natureza, entre as quais uma matéria, publicada no mesmo jornal do qual a presidente prestigiara a festa de aniversário, que acusara Lula de ter tentado estuprar um adolescente quando esteve preso durante o regime militar…
[Para ler matéria do blog antigo sobre ato público que o Movimento dos Sem Mídia promoveu em 4 de dezembro de 2009 diante da Folha de São Paulo em protesto contra a acusação torpe a Lula, clique aqui]
Para mostrar que não queria briga com a mídia, Dilma engavetou o projeto do marco regulatório para a comunicação eletrônica que o ex-ministro da Comunicação Social do governo Lula Franklin Martins deixara pronto para que seu governo enviasse ao Congresso. E para anunciar tal decisão, a presidente passou a declarar, para quem quisesse ouvir, que o único controle sobre a mídia que aceitaria seria “o controle remoto” da televisão.
Não adiantou nada. A tática de Lula de reagir às investidas tucano-midiáticas criticando publicamente o partidarismo político dos grandes meios de comunicação se mostrou bem melhor do que a tática de Dilma de acariciar seus algozes, pois estes, agora tendo um adversário prostrado, acabaram se assenhorando de seu governo de forma a conseguirem demitir um ministro após o outro, além de torpedearem – ou ao menos desfigurarem – políticas públicas a seu bel prazer.
Quanto mais a presidente se encolhia, quanto mais deixava ver que não reagiria aos ataques, mais a mídia se sentia estimulada a atacar. E quando a presidente pareceu se dar conta do que estava acontecendo – quando sobreveio nova tentativa de derrubar um ministro, o do Trabalho, que seria o sexto a cair “por corrupção” – e parou de obedecer aos ditames midiáticos, virou alvo.
Dilma vinha trocando a inércia sobre o marco regulatório das comunicações por não ser incluída nos ataques midiáticos. Quando ficou claro, ao fim do processo que culminou com a demissão do ministro do Esporte, que se ela continuasse demitindo qualquer ministro que a mídia quisesse o processo desembocaria nela mesma, decidiu desobedecer aos adversários.
A “trégua”, então, chegou ao fim. Não tardou e Dilma começou a ser atacada. Só para ficar no passado imediato, durante a semana que finda, além de uma pequena horda de colunistas da mídia tucana, o ex-governador José Serra e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) acusaram a presidente de ser a grande responsável pela “corrupção” em seu governo e passaram a pregar seu impeachment.
E o que parece também ter contribuído para o despertar de Dilma para a realidade foram as marchas contra a corrupção que a mídia convocou por todo o país e que foram estabelecendo ampla conexão com uma estratégia da direita midiática de se assenhorar do governo mantendo-o desmoralizado e fragilizado até a eleição seguinte, caso o cavalo do golpe (condições para pedir impeachment) não passasse selado antes.
O seminário do PT que ocorreu na última sexta-feira, no qual os ex-ministros José Dirceu e Franklin Martins criticaram duramente a mídia e defenderam o marco regulatório das comunicações, não há dúvida de que só ocorreu sob anuência da presidente. O PT, seu presidente, Rui Falcão, e duas das figuras de maior expressão do partido não fariam as declarações que fizeram em desafio a Dilma, ainda mais garantindo que o projeto de lei da mídia chegará ao Congresso no primeiro semestre de 2012 por iniciativa de seu governo.
A esse dado, somou-se outro que mostra que Dilma finalmente entendeu que não basta não querer a guerra porque muitas vezes ela nos caça e encurrala, obrigando-nos a escolher entre lutar ou tombar. Não é nada, não é nada o novo ministro-alvo da mídia oposicionista, Carlos Lupi, vai se segurando no cargo, ou sendo segurado pela presidente, interrompendo um efeito dominó que se abateu sobre os auxiliares dela e que estava desmontando seu governo peça por peça.
Apesar do ano perdido e do prejuízo político imenso que mantém este governo com uma aprovação que pouco ultrapassa os 50% – e que, assim, pode virar desaprovação da maioria se houver qualquer perda de popularidade um pouco maior –, pelo menos Dilma tem três quartos de seu mandato pela frente e pode recuperar o tempo perdido sobretudo na árdua e premente missão de civilizar a selvagem comunicação social que infesta o país.
Tudo isso conduz à reflexão de que é impossível governar países socialmente injustos como o nosso sem contrariar os interesses dos beneficiários da injustiça social porque estes, ao longo da história deste país, fincaram raízes em suas instituições de forma a terem como gerar crises que paralisam o Estado quando este não acede aos seus menores caprichos, o que produz esses pistoleiros insolentes que a mídia paga para insultarem e difamarem seus adversários.
Em seus delírios de poder, os barões da mídia – essa meia dúzia de magnatas que erigiu impérios empresariais às expensas do Erário – talvez tenham abusado do poder que têm – ou que julgam que têm –, porque, se têm como gerar crises políticas, o outro lado tem a caneta presidencial conferida pelos votos dos brasileiros, o que, como mostram países que enfrentaram essa praga, pode pôr fim à lei da selva na comunicação, havendo coragem de usá-la.
A ver

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Depois de 30 anos, loira arruma emprego.

Dominó de Bebum.

Churrasco gáucho é assim.

Programa do Governo Federal VIVER SEM LIMITES

As armadilhas jurídicas do "Viver sem Limites"

O tema abaixo é relevante.

Há uma antiga e grande discussão pedagógica sobre a maneira de tratar os estudantes com deficiência. Um grupo advogando que eles devam ser educados apenas em escolas especiais, tipo as da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais).
De uns tempos para cá tomou fôlego um movimento – respaldado por convenções da ONU e outros documentos internacionais – que defende a inclusão desses alunos na rede escolar convencional e o direito à dupla matrícula – isto é, a ter acesso às classes comuns e a ambientes especializados, esses últimos em escolas especiais, quando não for possível na própria escola comum.
A lógica é simples: quem tem deficiência não pode ser tratado como uma pessoa "que superou dificuldades", pois aí estão implícitas barreiras que não deveriam existir. Ele tem direito a receber tratamento diferenciado, mas sem exclusão. Se puder acompanhar a escola convencional sem nenhum tipo de apoio extra, muito bom. Se não puder, ainda assim, que possa cursar, além da escola tradicional, uma escola especializada, mas sem ficar excluído dos ambientes comuns.

Nos últimos anos esse conceito permitiu avanços enormes, inclusive verbas adicionais do Fundeb às escolas da rede pública que adotassem medidas de inclusão educacional. Foi quando o MEC reconheceu o direito à dupla matrícula – na escola tradicional e na escola especial.
Mas criou-se uma enorme disputa com as APAEs, que pretendiam ter a exclusividade do atendimento de pessoas com deficiência e receber a dupla matrícula.
Essa disputa se deu também no âmbito do "Viver Sem Limites", lançado na semana passada pela presidente Dilma Rousseff. O MEC defendia a dupla matrícula na rede pública e na escola especializada; a Casa Civil, a dupla matrícula apenas nas escolas especializadas.
Dilma foi convencida por Fernando Haddad, Ministro da Educação, de que as normas da ONU indicavam como mais efetivo a matrícula separada. E optou por esse caminho.
Ocorre que, na hora da redação do decreto, optou-se por um formato jurídico que, na prática, pode comprometer todos os esforços em prol da inclusão das pessoas com deficiência.
É este o alerta do artigo da procuradora Eugênia Augusta Gonzaga, uma das especialistas no tema.
Alunos com deficiência e o recente decreto presidencial 7.611: um retrocesso a ser corrigido
Eugênia Augusta Gonzaga*
O Decreto 7.611/11 foi assinado em 17.11.2011, em um evento emocionante, juntamente com outros 03 decretos relacionados aos direitos das pessoas com deficiência. Eles fazem parte do plano "Viver sem Limites" anunciado na solenidade.
O plano contém diretrizes para a promoção dos direitos das pessoas com deficiência, mencionando políticas de inclusão educacional e social, em cumprimento à Convenção da Organização das Nações Unidas – ONU - sobre os mesmos direitos. Essa Convenção foi ratificada e aprovada pelo Brasil com força de emenda constitucional, sendo que o país está obrigado a enviar relatórios periódicos ao respectivo Comitê de acompanhamento. O "Viver sem Limites" será, com certeza, o cerne do próximo relatório brasileiro.
No papel o plano é muito bom e conta com verbas bastante significativas. Se bem executado, representará um impulso efetivo no acesso dessa enorme parcela da população a serviços de educação, saúde, habilitação, reabilitação, informação, lazer, cultura, entre outros direitos humanos e sociais.
Especificamente em relação ao Decreto 7.611, no entanto, não é possível dizer o mesmo. Sua redação já representa um retrocesso. Ele revogou o Decreto 6.571, de 17.09.2008, que tratava do "atendimento educacional especializado" numa perspectiva de apoio e complemento aos serviços de educação inclusiva, sem deixar válvulas para a manutenção do ensino exclusivamente segregado de crianças e adolescentes com deficiência.
A ênfase acima ao "exclusivamente" é para que fique claro que não há nada contra o ensino especializado historicamente oferecido por instituições filantrópicas, como Apaes e outras. Esse ensino é importante, mas não deve ser o único ambiente educacional ao qual os alunos com deficiência devem ter acesso. Eles têm, também, o direito inalienável de estudarem em ambientes escolares comuns. Essa é a inovação chancelada pela Convenção da ONU quando, entre outros princípios, afirma, em seu artigo 24, que "os Estados Partes assegurarão um sistema educacional inclusivo em todos os níveis" e enfatiza o direito de "acesso ao ensino primário inclusivo" (item 2, alínea "b").
Pois bem, o novo decreto, ao contrário do 6.571 – revogado - , afasta-se dessa linha porque contém o grave erro de colocar a chamada educação especial como algo à parte e até mais amplo que o atendimento educacional especializado – AEE. A diferença entre os dois institutos é a seguinte: a Constituição Federal de 1988 fala apenas em AEE, rompendo com a educação especial tal como era antes da CF/88, ou seja, ensino destinado a pessoas com deficiência, independentemente da idade do aluno e da frequência concomitante a uma escola comum.
A redação do Decreto 7.611 também fere a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN - pois esta fala apenas em educação especial, mas a define como AEE. Logo, interpretada em conjunto com a CF, onde está escrito "educação especial" na LDBEN, leia-se AEE.
No Decreto 7.611 não é possível fazer essa mesma leitura porque ele coloca os dois institutos em paralelo, o que nem a CF e nem a LDBEN fizeram. Colocar os dois institutos em paralelo pode ser uma sinalização de que se voltou a admitir a educação especial tal como era antes da CF/88. Seria um retrocesso e uma ofensa à Convenção.
É grave, mas ainda é possível tratar essa questão apenas como uma problemática de redação, que pode vir a ser corrigida.
Por outro lado, os artigos do 7.611, que parecem alterar os artigos 9 e 14, do Decreto 6.253/07 (que cuida do Fundeb) e, por isso, estão preocupando as pessoas que defendem a inclusão educacional, não são novidade e nem se pode falar em retrocesso em relação a eles. Essa alteração é de 2008, apenas foi repetida no novo decreto. A única mudança é que o texto do artigo 14, do Decreto do Fundeb, foi transcrito integralmente no Decreto 7.611, que agora é o que regulamenta as políticas educacionais para pessoas com deficiência. Provavelmente para não deixar dúvidas de que as filantrópicas podem receber a verba destinada à escolarização básica pública e não apenas a verba do AEE.
Essa forma de financiamento ainda é uma abertura para a manutenção do ensino especial e exclusivo, mas a tendência nesse período de transição – ensino segregado para ensino inclusivo - é que cada vez mais esse tipo de verba seja paga apenas nos casos em que os alunos destinatários não estejam compreendidos na faixa etária de escolarização obrigatória (ao menos dos 5 aos 14 anos).
Portanto, faz-se necessária apenas uma revisão na redação do Decreto 7.611, com vistas a se buscar uma conformidade do seu texto à LDBEN, à CF e à Convenção da ONU. É possível que o Ministério da Educação e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República já estejam trabalhando nisso porque o novo governo não pode ficar vulnerável nesse ponto crucial em seu próximo relatório à ONU.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Miniaturas

As miniaturas de Akiko Ida e Pierre Javelle

Por Vaas
Esta curiosa composição fotográfica de alimentos e miniaturas, apresentada em 2009,  foi feita pelos artistas Akiko Ida e  seu marido Pierre Javelle. A série iniciou-se em 2002 e evoluiu para mais de 60 fotografias no correr dos anos.
[delicious_art_15.jpg][delicious_art_01.jpg]
p>




http://freshpics.blogspot.com

Esclarecimentos sobre Belo Monte.

Artigo de Gilmar Piolla: “Belo Monte: Atores da Globo prestam desserviço ao Brasil”

A usina de Belo Monte e os atores da Globo
por Gilmar Piolla*
Gilmar Piolla.
Esse movimento de atores da TV Globo contra a usina de Belo Monte presta um desserviço ao Brasil. Faz o modismo da hora e mais desinforma do que informa. A energia é a questão central em todo o debate sobre desenvolvimento e meio ambiente, e não é assim simples para ser resumida em um vídeo com atores descolados, e um texto ágil e bem editado, porém com uma mensagem que só convence aqueles que não entendem a complexa questão da energia no mundo atual.
Dizer que preferem energia eólica à Belo Monte, como sugere um dos atores. Ora! É só fazer a conta para descobrir a quantidade absurda de aerogeradores que seriam necessários para igualar a produção de energia de Belo Monte. E cobrir uma paisagem inteira de ventiladores gigantes não gera impactos ambientais? E como ficam as rotas das aves migratórias?
Convenhamos, seria praticamente inviável colocar um parque industrial dependendo de energia eólica pra funcionar, porque energia eólica não tem como ser armazenada, como se faz com a energia hidráulica (em que a energia é armazenada na forma de água, mas como armazenar o vento?).
E se parar de ventar, vamos todos soprar pra gerar energia? Isso para não falar nos custos de produção, quatro ou cinco vezes maiores, já que se trata de uma tecnologia importada. Mesmo assim, o Brasil tem avançado muito na exploração de energia eólica. É um dos sistemas mais competitivos do mundo e não depende de subsídios do governo para se viabilizar, como em alguns países como a Espanha, por exemplo.
Um dos golpes baixos do vídeo é dizer que Belo Monte não vai gerar o ano inteiro. Ora, isso é justamente para atender a critérios ambientais. A usina poderia gerar o dobro de energia se optasse pela formação de um imenso reservatório. Mas para poupar florestas, será uma geração a fio d’água. Com isso, a área de alagamento foi reduzida em 60%.
Falando em florestas, Belo Monte terá uma área de preservação permanente de aproximadamente 1 milhão de hectares, próximo às terras indígenas, área que equivale a quase duas vezes o território do Distrito Federal. É de se perguntar se o agronegócio pouparia tal território na Amazônia.
Belo Monte não irá alagar terras indígenas, que estão a montante da barragem. Nenhuma aldeia será realocada. Além disso, existe o compromisso de não criar nenhum novo empreendimento a montante, justamente para não prejudicar terras indígenas.
Não existe sociedade moderna sem energia, assim como não existe atividade humana sem impacto ambiental. O Brasil cresceu bastante nos últimos anos, mas ainda há muita desigualdade. O país precisa colocar uma Itaipu a cada dois anos (ou 7.000 megawatts ao ano) em seu parque gerador se um dia quiser ter uma sociedade mais justa e mais igualitária.
E quando se melhora a renda de uma família miserável, o que acontece? As pessoas compram geladeira, ferro de passar, ventilador… E quem já tem isso? Compra ar condicionado, computador etc. Ou seja, o futuro é eletrointensivo. A não ser que a sociedade brasileira não queira evoluir e não queira os confortos da vida moderna, então pode abrir mão de Belo Monte.
Pêra aí, gente! Levamos mais de 500 anos para ser o País do futuro e quando estamos prestes a ingressar nesse novo tempo, vêm nos dizer que devemos continuar reféns do atraso, da dependência e do subdesenvolvimento? É muito fácil para a atriz carioca, no seu apartamento climatizado na Barra, utilizando seu Ipad, dizer que não quer Belo Monte.
Mas a verdade é que não há como ter um sistema elétrico robusto e confiável sem grandes unidades geradoras. E unidades que proporcionam essa confiança são as hidrelétricas e as usinas térmicas movidas a combustíveis fósseis e nucleares.
O Brasil fez uma opção acertada pelas hidrelétricas, pois essas não geram gases do efeito estufa como as térmicas a gás, diesel e carvão. Se, no lugar de Belo Monte, o Brasil optasse por gerar a mesma quantidade de energia em uma térmica a gás, iria lançar 16 milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera.
Além disso, a hidreletricidade é capaz de viabilizar outras fontes renováveis como solar e eólica, como vem ocorrendo no Brasil. Isso para não falar da complementariedade entre o regime de chuvas e o de ventos, dando uma combinação muito eficiente entre a geração hidrelétrica e a eólica.
Enfim, é um assunto que rende muito debate e há muita informação na internet para quem quiser se aprofundar e entender melhor o tema. A sociedade brasileira empregaria melhor a sua “energia” se, no lugar de tentar barrar o empreendimento, cobrasse do governo para que todos os compromissos sociais e ambientais de Belo Monte sejam cumpridos.