segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Mensalão Tucano finalmente será julgado?

Barbosa já analisa prisão preventiva de Azeredo, Clésio e Walfrido
Pedido de prisão preventiva protocolado em final de janeiro já está concluso com o Ministro Joaquim Barbosa, que deve decidir ainda esta semana

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Tendo em vista que Clésio Andrade, Eduardo Azeredo, Walfrio dos Mares Guia, além de outros já indiciados no Inquérito 3530, continuam praticando crimes de toda natureza e a pena prevista neste fato em concreto é superior a 4 (quatro) anos, e as ameaças às vítimas, testemunhas e advogados, já passaram e a muito do limite aceitável, a acusação reiterou, no dia 15 de janeiro, o pedido de prisão preventiva dos indiciados.
Trata-se de inquérito aberto pelo Ministério Publico de Minas Gerais e encaminhado para o STF em função da prerrogativa de fórum do senador Clésio Andrade (PMDB) e do deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB), que são acusados de tentativa de homicídio contra familiares do denunciante da Lista de Furnas e do Mensalão do PSDB, Nilton Monteiro.
A expectativa sobre o andamento deste inquérito e muito grande, principalmente depois de juntado nos autos documentos que comprovam relação entre o investigado e investigados com o assassinato da modelo mineira Cristiane Aparecida Ferreira e com a Lista de Furnas.
Ambos os processos sujeitos a serem requisitados por Barbosa devido à conexão que enseja a reunião de processos, para processamento e julgamento simultâneo, com o escopo de evitar decisões contraditórias, tudo em conformidade com o princípio da  economia processual.
O processo relativo à Lista de Furnas vem tramitando na justiça do Rio de Janeiro e da morte da modelo em Belo Horizonte, provas demonstram que a modelo, além de ter recebido sem qualquer justificativa comercial, na época, a importância de R$ 1.800.000,00 de Walfrido dos Mares Guia,  atuou transportando valores milionários a serviço do esquema.
No entender de diversos criminalistas que se dedicam ao caso, a morte da modelo não foi um crime passional em relação ao seu namorado, Cristiane estaria jurada de morte por esposas de diversos figurões da sociedade mineira.
Segundo um dos criminalistas que atua no caso, o assassinato da modelo realmente foi cometido por Reinaldo Pacífico conforme sua condenação, porém, provas e evidências demonstram que houve um ou mais mandantes, porque Cristiane tornara-se “perigosa”, para o esquema, pois além de conhecer toda operação, mantinha relação amorosa com os principais operadores do esquema, desta forma, no entendimento destes criminalistas, a morte da modelo foi uma queima de arquivo.
Segundo o mesmo criminalista, “comprovadamente Cristiane mantinha um caso amoroso com o presidente da Cemig Dijalma Moraes, com o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia e o ex governador Newton Cardoso, entre outros operadores do esquema”.
Azeredo, Clesio e Walfrido também são réus na ação penal relativa ao Mensalão do PSDB e segundo um ministro aposentado, “será através deles que o judiciário, querendo, porá fim a mais de duas décadas de desmandos e corrupção em Minas Gerais.”
Documentos e provas existentes nos autos demonstram como operou a organização criminosa em Minas Gerais, assassinando, fraudando, corrompendo e subornado juízes desembargadores, promotores, procuradores, delegados e peritos.
Movimentação perante o STF do Inquérito 3530.
Ratificação do pedido de prisão preventiva no inquérito 3530, perante o STF.

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